Juíza federal autorizou invasão da PF na Sema de Mato Grosso

A Polícia Federal está a caça dos empresários e madeireiros Silvano de Barba, Edgar César Pires, Dorval Prates Silveira, Marcelo de Souza Delfino Coelho, Sérgio Henrique Vieira e Delírio Osvaldo Balbinot. De acordo com cópia da decisão obtida parcialmente pelo FOLHAMAX, todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Vara de Justiça Federal da cidade de Juína em mandados de prisão preventiva, onde são acusados de participação em uma organização criminosa que retirava madeiras em áreas indígenas na cidade de Aripuanã, extremo norte de Mato Grosso.

A "Operação Kalupsis" foi deflagrada na manhã de ontem pela Polícia Federal. Ao todo, os agentes irão cumprir nove mandados de prisão em Mato Grosso e Rondônia; 67 mandados de busca e apreensão e ainda 28 de condução coercitiva.

Os empresários que tiveram a prisão decretada ainda sofreram invasões da PF em seus endereços comerciais e residenciais, além de terem as atividades econômicas suspensas. A juíza Tânia Zucchi de Moraes também determinou a apreensão de documentos na sede da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, comandada pelo ex-deputado estadual José Lacerda (PMDB).

INVESTIGAÇÕES

As investigações começaram em fevereiro do ano passado e durante os trabalhos foi identificada a extração ilegal de madeira em uma terra indígena localizada em Aripuanã. O crime estaria sendo acobertado pela transferência de créditos florestais fictícios e fraudulentos.

A apuração foi feita pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio-Ambiente e teve a ajuda do Ibama. De acordo com a PF, os acusados devem responder pelos crimes de exploração econômica de floresta nativa em terra de domínio da União; furto de essências florestais; inserção de informações falsas em base de dados oficial, além de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

O nome da operação vem do grego e significa acobertar, encobrir, obscurecer. 'Kalupsis' pode ser usada no sentido de simulação e fraude. 

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