O médico J.P.L foi sequestrado e mantido em cárcere privado numa área rural por dois criminosos, na tarde de segunda-feira (20), em Rondonópolis (216 km de Cuiabá). Além disso, os bandidos levaram o veículo da vítima, uma Toyota SW4 e R$ 53 mil transferidos para os ladrões através de Pix.
Um adolescente envolvido no crime foi apreendido, mas o comparsa está foragido. Apesar do susto, a víima foi encontada ilesa.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pela esposa do médico afirmando que o marido e o carro haviam sido levados pelos bandidos. Assim, os militares realizaram buscas na região São Lourenço na tentativa de localizar a vítima, porém sem êxito.
Horas depois, os agentes receberam outro chamado via 190 em que o solicitante se identificou como a vítima de um roubo seguido de sequestro e que teria se libertado do cativeiro. Em depoimento, o médico contou que estava em seu local de trabalho, no Hospital Santa Casa, e no final do turno foi até a garagem, onde dois criminosos armados o renderam e anunciaram o assalto.
O profissional da Saúde foi ameaçado de morte, teve os olhos cobertos por uma venda e foi obrigado pelos criminosos a deitar no banco de trás do próprio veículo. Mesmo com a venda nos olhos, a vítima conseguiu perceber que os criminosos estavam conduzindo o carro por bairro de Rondonópolis.
Ainda, durante o trajeto, os ladrões obrigaram a vítima a abrir os aplicativos de banco que possuía no celular e realizar transferências via Pix, totalizando R$ 53 mil, para uma conta corrente dos bandidos. A vítima também narrou que durante o caminho, os suspeitos recebiam ligações de outros bandidos que davam ordens aos suspeitos orientando os próximos passos do crime.
Em um determinado momento, um dos suspeitos disse para o outro ficar com a vítima no cativeiro, numa área rural do munícipio, local que permaneceu por aproximadamente três horas. Um dos criminosos resolveu abandonar o médico após não conseguir contato com o restante do banco.
Então, a vítima aproveitou a oportunidade, saiu do cativeiro e pediu ajuda para sitiantes que passavam pelo local. Enquanto o médico se deslocava ao batalhão da Polícia Militar para registrar o boletim de ocorrência, reconheceu um dos suspeitos, que seguia a pé por uma estrada que dá acesso ao córrego Cachoeirinha.
Dessa forma, os militares foram até o local indicado pela vítima e realizaram um cerco policial. Apesar de tentar fugir, a equipe conseguiu deter o suspeito, que era um adolescente de 17 anos.
Na busca pessoal, os PMs encontraram um simulacro de pistola da marca Taurus. Questionado, o menor confessou a participação no crime e revelou que faz parte da facção criminosa Comando Vermelho.
Relatou, ainda, que sua função era ficar no cativeiro armado com a arma falsa, mantendo o médico em cárcere privado até que o comparsa, George Arruda – conhecido apelido de “Magnata” - e que estava armado com um revólver calibre 38 conseguisse escapar com o veículo roubado e que um terceiro criminoso fosse busca-lo onde o médico estava sendo mantido. Diante da situação, o adolescente foi apreendido e encaminhado à delegacia da Polícia Civil, que assume a investigação do caso.