As investigações da Polícia Civil apontaram que o companheiro de Pabla Melo Klauss, presa na segunda-feira (25 ) durante o Trabalho de Conclusão de Custódia (TCC), era responsável por gerenciar o dinheiro do tráfico de drogas, de dentro da cadeia. Por meio de um celular, ele dava ordens à estudante para recolher as finanças obtidas através do crime.

Em nota, o advogado de defesa da investigada, Douglas Lopes, informou que só se manifestará durante o processo, já que o inquérito policial transcorreu em sigilo. “No intuito de acalmar os ‘tribunais’ da internet, lembro que, independente da natureza da acusação, todo ser humano que vive em terras brasileiras, detém a garantia constitucional do princípio da inocência, do devido processo legal e do contraditório e da ampla defesa”, disse.

Pabla e o companheiro foram presos durante a Operação Nova Canaã, em 2023, mas à época, ela foi solta para cuidar dos três filhos do casal. Com o avanço da investigação, a Justiça determinou a prisão dela novamente.

"Ele gerenciava todo o tráfico da região de Rondonópolis, compras e checagem dos pagamentos. Ele falava de dentro da cadeia com ela, e ela fazia a parte dos recebimentos dos 'gerentes' das outras bocas de fumo", explicou a polícia. O companheiro de Pabla tem 28 anos e, segundo a polícia, já foi preso, ao menos, três vezes desde os 18 anos.

Além de gerenciar o dinheiro do crime, Pabla e o companheiro são suspeitos de integrar uma facção criminosa responsável por ordenar mortes e aplicar castigos com agressões e tortura. A polícia informou que o casal é considerado de alta periculosidade.

A polícia informou que a estudante era investigada desde 2019 e já foi alvo de três operações. Uma delas foi a Operação Reditus.

Na época, além de Pabla, 56 pessoas foram presas nas cidades de Rondonópolis, Pedra Preta, Cuiabá e Amambai (MS). Já em 2020, ela foi alvo da Operação Rouge, deflagrada para reprimir crimes praticados e desarticular uma facção criminosa na região.