A Operação Suborno, desencadeada nesta terça-feira (22) em Pernambuco e outros quatro estados, resultou na prisão de 18 suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro e na apreensão de mais de R$ 500 mil em dinheiro, dez carros, armas, relógios, joias, segundo a Polícia Civil. Entre os presos, estava um ex-diplomata, que não teve o nome divulgado.
Também foram apreendidos dólares e euros, em quantia ainda não contabilizada, bloqueados R$ 44 milhões do grupo criminoso e sequestrados imóveis, incluindo entre eles um posto de combustível que a polícia acredita que era utilizado para lavagem de dinheiro, segundo o delgado Ivaldo Pereira, titular das investigações.
No posto, foi apreendido um cofre, foi levado para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE). Nele, havia R$ 2 mil e cheques, segundo a investigação.
Ao todo, foram emitidos 20 mandados de prisão, sendo que dois alvos já estavam no sistema prisional. Os mandados foram cumpridos no Recife e em Caruaru, Cabrobó e Vitória de Santo Antão, no interior do estado, além do Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre.
O delegado Ivaldo Pereira, titular das investigações, apontou que a maioria dos presos eram pernambucanos. Mulheres de detentos e de ex-detentos também foram alvos de mandados de prisão. Segundo o investigador, elas eram responsáveis pela lavagem de dinheiro.
“Elas não têm passagem pelo sistema carcerário e pensam que vão passar desapercebidas”, declarou Pereira.
A polícia acredita que os traficantes pernambucanos negociavam maconha com criminosos no Mato Grosso e cocaína com grupos do Mato Grosso do Sul.
“Nós estamos [...] trabalhando com as pessoas que realmente possuem dinheiro, os chefões do tráfico. As pessoas que movimentam realmente dinheiro, trabalham com aquisição da droga, mas não coloca a mão na massa”, afirmou o delegado.
Segundo Pereira, o dinheiro do esquema criminoso era “lavado” em Pernambuco. “Vários alvos possuíam empresas, de laticínios, de cosméticos, posto de combustível. Esse dinheiro entrava sujo e saía por meio de notas fiscais para parentes e conhecidos “, disse.
O delegado afirmou que as investigações prosseguem para verificar a possível participação de outros envolvidos no esquema criminoso. Os nomes dos presos não foi divulgado.
Os presos no Recife e Região Metropolitana foram encaminhados à sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da capital.
A ação contou com apoio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi/MJSP) e da Polícia Civil dos estados para onde os mandados foram expedidos.