Entre os principais alvos da Operação Átria da Polícia Civil, deflagrada nesta sexta-feira (22) contra homens acusados de agressões e ameaças contra mulheres, estão moradores de casas de luxo, servidores públicos de Mato Grosso e pelo menos um CAC (Colegiador, Atirador Desportivo e Caçador). A ação faz parte de um trabalho nacional que visa intensificar e fortalecer o enfrentamento aos crimes de violência doméstica contra a mulher e contou com o apoio da Delegacia Regional de Cuiabá.
De acordo com a delegada Judá Maali Marcondes, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá, 18 mandados judiciais foram cumpridos pela Polícia Civil, resultando na apreendsão de quatro armas de fogo e dezenas de munições de diferentes calibres.
A ação teve como objetivo apreender diversas armas de fogo foram apreendidas, telefones celulares e prender preventivamente agressores por tentativa de feminicídio e por descumprimento de medidas.
"Conseguimos apreender armas de fogo que foram usadas para ameaçar e amedrontar mulheres que decidiram romper com o relacionamento. Esses homens não aceitaram o poder de decisão das mulheres. A violência doméstica é perversamente democrática. Tanto que fomos a condomínios de luxo, em bairros distantes, entramos em casas de servidores públicos e também de trabalhadores comuns", informou a delegada Judá Maali, em entrevista ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde.
As ordens decretadas pela Justiça, entre prisões preventivas e buscas e apreensões, foram cumpridas em Cuiabá e Várzea Grande, tendo como alvos suspeitos investigados pela DEDM de Cuiabá.
Operação Átria
Planejada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Operação Átria foi deflagrada em todo o país no dia 1º de março, nas 27 unidades da federação. Em Mato Grosso, a Coordenadoria de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Vulneráveis, da Polícia Civil, é responsável pela organização das atividades da operação nas 15 regionais do estado, com a integração das unidades policiais.