Polícia Quinta-Feira, 29 de Maio de 2025, 14h:58 | Atualizado:

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Perícia erra termo e conclui que tiro disparado por médico

Classificação de tiro acidental só é usada quando o disparo ocorre sem que o gatilho seja acionado, o que não aconteceu neste caso

G1 MT

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A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluiu, nessa quarta-feira (28), que o tiro disparado pelo médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, contra a adolescente Kethlyn Vitória de Souza, de 15 anos, foi voluntário, com o gatilho da arma acionado. Na semana passada, a perícia errou o termo e divulgou que o disparo foi acidental.

O autor do disparo era namorado da vítima e está preso desde o início do mês, em Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, onde o crime ocorreu. Segundo a perícia, a classificação de "tiro acidental", como havia sido concluído pelo períto e divulgado em entrevista à TV Centro América, só é usada quando o disparo acontece sem o acionamento do gatilho, o que não aconteceu neste caso, já que não foram encontradas falhas na arma.

No começo do mês, o médico participou da simulação do crime e foi indiciado por feminicídio e outros cinco crimes, pois assumiu o risco ao "brincar" com a arma dentro do veículo, sem nenhuma segurança à vítima, de acordo com a Polícia Civil.

Relembre o caso

No dia do crime, a adolescente foi levada até uma unidade de saúde do município pelo próprio namorado, com ferimento de arma de fogo na cabeça. Segundo testemunhas, Bruno aparentava estar muito abalado.

A jovem foi atendida por uma equipe médica que tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas ela morreu no hospital. Ainda conforme testemunhas, ao constatar a morte da adolescente, Bruno ficou nervoso e tentou danificar alguns móveis do hospital, como janelas e portas.

Em depoimento à polícia, Bruno disse que no dia do ocorrido, Kethlyn sentou no colo dele para dirigir o carro em que os dois estavam e que, neste momento, ele estava com a arma na mão. Ele relatou que tentou efetuar um disparo para fora no veículo, mas sem sucesso. Ao tentar verificar o que tinha dado errado, ocorreu o disparo acidental, que atingiu a cabeça de Kethlyn.

O advogado de defesa, Fábio Henrique, alegou que o disparo foi acidental e que Bruno havia ingerido bebida alcoólica no momento do crime. Segundo a polícia, Bruno não tinha porte de armas. Um vídeo publicado nas redes sociais dias antes do homicídio mostra o médico brincando com uma arma de fogo ao lado de Kethlyn.





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