Polícia Sexta-Feira, 11 de Setembro de 2015, 17h:28 | Atualizado:

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PM abre inquérito para investigar morte no Manso

 

Da Redação

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Os dois policiais militares envolvidos na morte de um trabalhador na obra de um resort no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, foram afastados do serviço, segundo informou a Secretaria estadual de Segurança Pública (Sesp). José Severino da Silva, de 62 anos, foi morto com dois tiros de escopeta após uma briga envolvendo operários e policiais na noite de quinta-feira (10). Segundo o enteado do trabalhador, houve abuso de autoridade policial no incidente.

A confusão no local teria começado porque um operário embriagado estaria quebrando alguns objetos e agredindo outros trabalhadores no local. O homem chegou a ser algemado e preso pelos dois policiais militares que atenderam a ocorrência após chamados. Mesmo com a presença dos policiais, entretanto, o tumulto no local continuou. Em meio à confusão, os policiais teriam disparado tiros para impor controle. Entretanto, o operário de 62 anos foi atingido por um dos tiros e morreu. Outro operário também foi atingido e ficou ferido.

Segundo nota da assessoria de imprensa da Polícia Militar, além da determinação de afastamento dos policiais, a Corporação determinou a abertura de um inquérito para investigar as circunstâncias do incidente. A investigação tem prazo total de 40 dias prorrogáveis por 20 dias.

Também de acordo com a nota, os policiais foram até a área de obras do resort porque foram chamados para atender uma ocorrência de agressão. No local, o homem apontado pelos demais como responsável pela confusão foi agredido e os policiais, na tentativa de controlar a situação, teriam abusado da força - o que resultou na morte de um dos trabalhadores, segundo a PM.

Enteado do trabalhador morto, Roberto Aparecido do Nascimento, de 39 anos, contou que, segundo lhe foi relatado, o tumulto no lugar aumentou por causa da atitude dos policiais. “O pessoal me contou que os policiaIs algemaram o suspeito de causar a confusão e que, depois disso, ele começou a apanhar. Com isso, os homens que estavam lá começaram a vaiar a ação e, na confusão, os policiais acabaram dando dois tiros no meu padrasto, segundo me contaram”, relatou.

Para ele os policiais estavam despreparados e abusaram da autoridade. “Faltou capacidade e preparo para os policias lidarem com a situação. E ainda teve abuso de autoridade, afinal, por que dar dois tiros de ‘doze’ em um trabalhador?”, questionou.

Roberto contou que a família está abalada com o caso. “Nesse momento a gente fica lembrando os momentos bons que passamos. Mais do que eu, que sou enteado, os filhos deles, estão todos acabados”, lamentou. Ele contou que foi ouvido pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira, em Chapada dos Guimarães, e que nesta tarde a família velou o corpo de José Severino. Segundo ele, seus familiares ainda estão discutindo o enterro do operário, que deve acontecer neste sábado.





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