Polícia Quinta-Feira, 24 de Julho de 2025, 15h:34 | Atualizado:

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RENATO NERY

PM afasta PMs por forjar confronto com arma que matou advogado

Apesar dos afastamentos, eles continuarão recebendo salários

MARIANA LENZ
GAZETA DIGITAL

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O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), Cláudio Fernando Carneiro Tinoco, determinou o afastamento cautelar das funções dos policiais militares 2º sargento Jorge Rodrigo Martins, 3º sargento Leandro Cardoso, 3º sargento Wailson Alesandro Medeiros Ramos e soldado Wekcerlley Benevides de Oliveira. Os 4 estão envolvidos no caso que ficou conhecido como “Grupo do Gol Branco”, em que a arma utilizada no homicídio do advogado Renato Nery foi inserida em um suposto confronto com criminosos.

Conforme a portaria nº 108/DGP/QCG/PMMT publicada nessa quarta-feira (23) em Diário Oficial, a determinação se baseou na decisão cautelar da 11ª Vara Criminal, no qual determinou entre outras medidas cautelares a suspensão do exercício da função pública e retirada do porte de armas, após terem os Policiais Militares sido notificados conforme processo sigadoc.

A medida prevê que os 4 fiquem afastados de todas as atividades relacionadas às funções e prerrogativas inerentes ao cargo dos policiais militares enquanto perdurar a determinação judicial.

Foi determinado ainda que sejam recolhidos o fardamento e os apetrechos em posse do grupo, fazendo o depósito destes no almoxarifado da Unidade Militar enquanto perdurar a determinação judicial.

“Determinar ainda que o Comandante da Unidade Administrativa a qual está subordinado o Policial Militar o apresente ao Setor de Identificação da PMMT, para que seja retirado o porte de armas de sua Identidade Funcional, tendo para tanto o prazo de 05 (cinco) dias após a publicação em Diário Oficial para a apresentação ou que preste informação de qualquer impossibilidade”, diz trecho da portaria.

A decisão foi assinada pelo comandante-geral da PMMT, coronel Claudio Fernando Carneiro Tinoco.

Conforme noticiou o GD os 4 militares chegaram a ficar presos preventivamente durante um período, no entanto foram colocados em liberdade após decisão do juiz Francisco Ney Gaíva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá. O grupo é acusado de forjar suposto confronto policial para "plantar" a arma glock utilizada no assassinato do advogado Renato Nery, morto em 5 de julho de 2024.

O confronto ocorreu em 12 de julho do mesmo ano, após uma denúncia de roubo de um veículo gol de cor branca. Na ocasião teria ocorrido troca de tiros que resultou na morte de Walteir Lima Cabral e tentativa contra outros dois suspeitos.

O caso ficou conhecido como "Grupo do Gol Branco", em alusão a grupo de WhatsApp em que os 4 discutiam combinação de versões, preocupação com divergências de depoimentos e indício de obstrução da justiça, algo revelado após perícia em celulares. Através de laudo pericial balístico ficou demonstrado que a pistola Glock modelo G17, calibre 9mm foi a mesma utilizada para executar Renato.

Segundo o MP, os elementos probatórios reunidos demonstram que não houve confronto real, mas sim uma “execução deliberada seguida de inovação artificiosa da cena do crime”. “A perícia balística comprovou que os projéteis e estojos encontrados na cena foram disparados exclusivamente pelas armas dos próprios policiais denunciados, e não pelas armas supostamente em posse das vítimas. Esta constatação técnica, estabelecida através do laudo, constitui elemento irrefutável que demonstra a simulação do confronto policial”, argumenta.





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Comentários (2)

  • jay

    Quinta-Feira, 24 de Julho de 2025, 20h19
  • eita como é cheio de cidadão de bem...
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  • Saudade de CORONE ZAQUEU CHUPA PIÇA

    Quinta-Feira, 24 de Julho de 2025, 20h12
  • Com toda razão se o CHUPA PIÇA ainda fosse o comandante todos estariam na rua hora desta, chupa piça gostava de sacanear praças, rei da grampolandia, hoje cadeirante, peidava igual porco no chiqueiro.
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