A apreensão de uma pistola ponto 40 roubada de um policial civil poderá ajudar a esclarecer o assassinato do major PM Claudemir Gaspareto ocorrido no mês de fevereiro, em Várzea Grande, onde ele foi executado a tiros de pistola. A arma, apreendida por policiais militares no Jardim Imperial em Cuiabá, será utilizada para confronto balístico e com isso, a delegada Sílvia Pauluzi poderá saber se os tiros que mataram o oficial da PM saíram da arma apreendida. 

A pistola foi apreendida na madrugada deste sábado em frente a uma lanchonete no Jardim Imperial em Cuiabá onde havia uma picape Strada estacionada e vários rapazes em volta. Os PMs revistaram os rapazes e nada encontraram. No carro, localizaram a pista embaixo do banco do motorista. 

O entregador de pizza Benito Silva, de 32 anos, foi preso acusado de porte ilegal de arma. Ele alegou que foi um rapaz conhecido como “Alessandro” quem colocou a pistola lá minutos antes da chegada dos policiais. 

Conforme as investigações do assassinato do major, dois rapazes ouvidos na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa relatam que a pistola usada no assassinato fora roubada dias antes de um policial civil no bairro Altos da Serra, onde ladrões invadiram a casa pelo telhado e levaram vários pertences inclusive a pistola. 

Policiais do Plantão Metropolitano da Capital disseram não saber de qual policial a arma foi roubada, pois não conseguiram checar a numeração da arma, uma vez que o sistema de pesquisa estava fora do ar. “Vamos fazer o confronto da arma uma vez que estávamos investigando e qualquer pista é válida”, ressaltou a delegada. 

Ela acrescentou que as provas técnicas também estão sendo levadas em consideração. Entre elas as impressões digitais da picape Ecosport vermelha encontrada abandonada foram coletadas para poder saber quem estava ao volante. 

A picape seria a mesma roubada uma madrugada antes durante um assalto a uma residência no bairro Porto onde os bandidos chegavam a usar uma alavanca para abrir a porta d frente. 

“As investigações estão caminhando, tudo o que é relevante em termos de denúncias, informações são repassados para as equipes. Dependemos também dos laudos”, assinalou. 

Na versão de um adolescente ouvido pela delegada três dos quatro autores do assassinato são do Bairro Novo Terceiro e já tinham a intenção de roubar o carro do major uma vez que sempre passava pelo bairro e sabiam o horário dele sair e chegar em casa. 

O garoto, que em alguns momentos perde a lucidez - apontou também um rapaz conhecido como “Careca”, também participou do crime. Foram usados dois revólveres e uma pistola ponto 40 sendo esta roubada de um policial. 

A Ecosport foi vista minutos antes, estacionada numa esquina próxima. Foi só o major ligar o carro e sair de ré até a calçada que o Ecosport se aproximou e fechou por trás impedindo que a vítima fugisse. Em seguida, três dos quatro ocupantes do carro desceram e foram atirando contra Gasparoto. Três dos quatro tiros foram fatais – somente o tiro no braço é que não provocaria o óbito.