A Polícia Civil deverá começar a ouvir, a partir desta segunda-feira (12), os depoimentos no inquérito aberto para apurar a morte do operário Muhammad'Ali Som Alerrandro Paolo Nicholas Poseidon Maciel Afonso, de 32 anos, que recebeu uma descarga elétrica enquanto trabalhava na obra de construção da Arena Pantanal, em Cuiabá, no último dia 8. As primeiras testemunhas que devem relatar o fato ao delegado Antônio Esperândio, responsável pela investigação, serão os trabalhadores que estavam no local no dia do acidente, no setor de camarotes, ala leste do estádio, e que acompanhavam o serviço prestado pela vítima na obra.

Isso diante dos indícios apontados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de que o operário não estaria usando equipamento correto de segurança, na ocasião, e nem apto para a função de eletricista, já que a informação é de que ele era contratado como montador. No entanto, após a morte de Muhammad, a empresa Etel Engenharia, que conduz a obra, emitiu nota à imprensa afirmando que o trabalhador havia passado por treinamento adequado à função.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que o delegado aguarda o laudo da perícia técnica, que poderá apontar ou não responsáveis pelo caso. Além disso, conforme a assessoria, a diretoria da instituição determinou prioridade no caso e que o inquérito seja concluído o mais breve possível.

As câmeras do circuito interno da Arena, instaladas há mais de um mês para teste, também devem ser solicitadas pelo delegado. Porém, a assessoria de imprensa da Secopa informou que apenas as câmeras de segurança no portão de entrada do estádio é que estão em funcionamento. As instaladas nos corredores e dentro do camarote, onde o operário morreu, não estariam ligadas até o momento, segundo o órgão.