A morte de um dependente químico com surto, durante um suposto resgate por uma clínica especializada, será investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A vítima é Antônio Carlos dos Santos, 41, morador de Itanhangá (450 km ao norte de Cuiabá), que chegou morto à Policlínica do Verdão, por volta das 19h de terça-feira (11).
Por apresentar sinais de ferimentos de amarras nas mãos e lesões pelo corpo, o médico plantonista acionou a Polícia, suspeitando de morte violenta. Aparentemente, a vítima morreu asfixiada.
Antônio enfrentava problemas de depressão há 5 anos e estava morando provisoriamente na casa de um familiar, em Várzea Grande, quando teve um surto na tarde de terça-feira. Familiares solicitaram apoio de uma clínica especializada que foi até a casa fazer o resgate.
Segundo informações de policiais civis que atuam na DHPP, Antônio teria reagido e lutado com os supostos seguranças da clínica que também apresentavam ferimentos, inclusive mordidas. A reportagem tentou contato com responsáveis pela clínica SOS Reviver, localizada no Distrito da Guia, pelo telefone.
A mulher que se identificou como Desiré disse que era proprietária da clínica mas que não iria falar sobre o ocorrido. Somente ao final da investigação. O caso será investigado pelo delegado Walfrido Franklin do Nascimento.
OVERDOSE
Mais uma morte de detento foi registrada na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. David de Souza Monçana, 24, foi localizado morto no cubículo 7, do raio 2, na tarde de terça-feira. A princípio as suspeitas são de morte por overdose de drogas. O corpo não apresentava lesões e os peritos do Instituto Médico Legal (IML) encaminharam as vísceras do preso para exames toxicológicos que devem ficar prontos em 30 dias.
EXECUÇÕES
Duas pessoas foram mortas em Várzea Grande, na terça-feira. O adolescente Jhonatan Luiz Neves, 16, foi morto com uma barra de ferro, após discussão com o vendedor ambulante Benedito Francisco da Costa, 48, conhecido como “Dito Moage”. O crime aconteceu no bairro Nova Esperança. Logo depois de atingir o jovem, o suspeito avisou a Polícia e foi preso em casa, próximo ao local do crime.
Na delegacia, ao ser autuado pelo homicídio, disse que a vítima estava acompanhada de outro rapaz e ambos o ameaçaram. Alegou que matou para se defender. No bairro São Simão a vítima foi o pintor Naor Ferreira dos Santos, 49, executado com 6 tiros de pistola.
O corpo foi localizado por um amigo que foi até a casa dele e suspeitou do fato de a casa estar com as portas abertas e Naor não atender ao chamado. Não há pis-tas sobre a motivação e autoria do crime.