O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, usou uma pistola Taurus 938, calibre 380, para executar o morador de rua Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá, na noite da última quarta-feira (9). A arma tem registro e já está em posse da Polícia Civil para ser periciada. 

Conforme a Polícia Civil, o assassinato teria sido motivado pelo fato de a vítima supostamente ter danificado o carro do procurador, um SUV de cor preta, da Land Rover. Antes de cometer o crime, Luiz Eduardo deixou a esposa e os filhos em casa. O veículo também foi entregue à Polícia Civil para realização de perícia e demais procedimentos necessários à investigação do assassinato. 

"Momentos antes do homicídio, o suspeito estava em um estacionamento de um posto de combustíveis, jantando, quando a vítima começou a depredar alguns veículos que ali estavam estacionados. O suspeito foi até seu veículo, verificou o dano, voltou, jantou e levou sua família para casa. Em seguida, procurou a guarnição da PM no Shopping Três Américas para relatar os fatos, e depois foi até o posto policial do Boa Esperança, onde também relatou os fatos. Quando estava voltando para sua residência, encontrou o suspeito no caminho, momento em que fez o disparo", informou o delegado Edison Pick, durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (11).

Segundo o delegado, pessoas que estavam no posto informaram as características de Ney ao procurador. O crime que vitimou Ney Muller Alves Pereira ocorreu por volta das 21 horas, na Avenida Edgar Vieira, no bairro Boa Esperança. Segundo informações, o procurador  que estava no carro de luxo, chamou a vítima, que, ao se aproximar, foi atingida pelo disparo na testa. Após o crime, o autor fugiu do local.

Após grande comoção e repercussão negativa, o procurador se apresentou na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entregando a pistola e o veículo utilizados no momento do crime. "Ele tem porte de arma concedido pela Polícia Federal, então, poderia estar armado naquele momento. É servidor da Assembleia. Agora, vai responder inquérito policial por homicídio qualificado por motivo fútil e traição. Quando ele vai para o posto policial, ele passa pela vítima, quando ele volta, encontra a vítima.  Ele já chega com os vidros abaixados. Ele efetua movimento de empunhar a arma", explicou o delegado.