Acusado de ser o chefe da facção Comando Vermelho em Mato Grosso, Sandro Rabelo da Silva, conhecido como “Sandro Louco”, prestou depoimento à Justiça e negou comandar a organização criminosa no Estado. Com condenações que já somam mais de 180 anos ele foi ouvido ontem (5) pela juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, nas oitivas da operação Grená deflagrada no ano passado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para cumprir mandados de prisão contra supostos membros da organização criminosa que segundo a polícia era chefiada por ele de dentro da Penitenciária Central do Estado.
Sandro afirmou à juíza que nesse tempo em que está preso nunca teve nenhum tipo de contato com Fernandinho Beira-Mar, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC) e nem recebeu ligação de pessoas do Rio de Janeiro para fazer parte do Comando Vermelho. Ele disse ainda que é respeitado por ser um dos presos que está a mais tempo na PCE e que já teria até mesmo evitado brigas e mortes do lado de fora do presídio.
O advogado de Sandro, Neyman Monteiro, afirmou que seu cliente não teria motivos para mentir, já que em todos os crimes que cometeu teria assumido. “Vemos que não existe essa organização da qual ele é acusado principalmente pelo pouco dinheiro que foi encontrado durante as investigações, cerca de R$ 5 mil reais e o CV no Rio movimenta mais de R$ 1 milhão”.
Além dele outros sete presos foram ouvidos por serem supostamente envolvidos com a facção Comando Vermelho. Amanhã (7), serão ouvidos mais pessoas entre eles, Renato Sigarini e Miro Loko que seriam outros líderes abaixo de Sandro.
VERD COMMENT
Quinta-Feira, 06 de Agosto de 2015, 10h49