Polícia Quinta-Feira, 08 de Maio de 2014, 21h:23 | Atualizado:

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Secopa garante que obras continuam após morte de operário

 

GD

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Após o acidente ocorrido na Arena Pantanal na manhã desta quinta-feira (8) que vitimou fatalmente o operário Muhhammad’Ali Dom Alerrandro Paolo Nicholas Poseidon Maciel Afonso, 32, as obras do estádio mato-grossense continuam. A informação é do Secretário Extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães que lamenta a morte de Afonso. “Não me cabe julgar os procedimentos da empresa em relação ao funcionário, posso afirmar que a Secopa vai exigir todas as informações necessárias para esclarecer o caso. Logo após o acidente o local foi isolado, mas as obras seguem normalmente nesta sexta, a empresa tem um contrato a cumprir conosco”. Guimarães afirmou que o operário não usava as luvas de proteção no momento do acidente.

Afonso era funcionário da empresa Etel Engenharia que faz parte do Consórcio CLE, responsável pela parte elétrica da arena. Segundo informações do irmão da vítima, Cunta Afonso, ele foi contratado para exercer a função de montador. “Ele já havia dito que trabalhava como eletricista na arena e que essa não era a função dele. Esperamos uma providência por parte da Secopa porque se ele estivesse fazendo somente seu dever o acidente não teria ocorrido”.

A Perícia Oficial de Identificação Técnica de Cuiabá (Politec) esteve no local para colher informações do acidente, segundo o perito Rondon Souza Oliveira o operário sofreu uma descarga elétrica de 220w. “Ele estava em uma escada de aproximadamente 1,5 metro desencapando um fio para fazer uma emenda em outro e durante a execução encostou no fio e acabou sofrendo a descarga e em seguida caiu no chão”. Oliveira afirma que o correto seria que o local estivesse sem energia para que o procedimento fosse realizado. “O que sabemos é o que nos foi passado no local. Ainda não temos o resultado do exame que comprove a causa da morte, mas possivelmente foi o choque que o levou a óbito já que ele tinha uma lesão na mão esquerda por queimadura de choque elétrico”.

Ainda segundo o perito, não havia nenhum documento com a vítima que comprovasse o cargo que ele teria sido contratado para exercer na arena. “Os vestígios que vimos é que ele estava exercendo a função de eletricista e estaria sem luvas. Pelos exames feitos ainda não sabemos se a morte ocorreu devido a queda ou pelo choque. Também não podemos afirmar que ele estava com todos os equipamentos necessários de proteção já que alguns funcionários tentara reanimá-lo e tiraram algumas coisas ”.

A empresa contratante Etel Energia se pronunciou através de uma nota e também lamentou o fato ocorrido. O secretário Administrativo Alexandre Santini esteve em Cuiabá no final da tarde desta quinta-feira, porém não falou com a imprensa. Em comunicado oficial a Etel garante que irá colaborar com a perícia para apurar as razões do acidente. Em trecho da nota a contratante ressalta que Afonso recebeu treinamentos e “estava apto para o exercício da função de eletricista”. Esta é a 9º morte que acontece nas arenas das cidades-sedes da Copa do Mundo no Brasil, oito delas foram por acidente de trabalho e um trabalhador morreu após ter um infarto.





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