O vigilante Adir Antônio Warginhak, de 45 anos, identificado como autor de um grave atropelamento, em que a vítima foi atingida inúmeras vezes na região do bairro Popular em Cuiabá, teve o mandado de prisão preventiva cumprido pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (6), após se apresentar na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Adir estava com a ordem de prisão decretada pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificada, pelo motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele também responderá pelo crime de fraude processual, uma vez que tentou ocultar vestígios do crime.
O crime foi praticado no dia 7 de outubro deste ano, ocasião em que a vítima, sem qualquer previsibilidade, foi atropelada pelas costas, por um veículo conduzido pelo suspeito, que praticou o ato de forma intencional, retornado diversas vezes, passando com o carro por cima do corpo da vítima.
O condutor chegou a sair do local, como se fosse embora, porém retorna e volta a colidir contra a vítima, chegando a parar o veículo sobre o corpo e descer do carro para verificar os fatos. Cinquenta minutos depois, o investigado retorna ao local e dispensa o par de tênis da vítima, um para cada lado da rua, para afastar a materialidade do crime praticado.
Neste momento, a vítima não estava mais no local, sendo localizada cerca de uma hora e quarenta minutos após os fatos, em um terreno baldio nas proximidades do local do atropelamento, momento em que foi socorrida pela equipe do Samu e encaminhada ao Hospital Municipal de Cuiabá.
Interrogado pelo delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, o vigilante confessou a autoria do atropelamento, porém disse que não sabia quantas vezes atingiu a vítima. Ele alegou que a motivação seria o fato da vítima ter furtado o seu celular e que teriam entrado em luta corporal na tentativa de recuperar o aparelho.
“Foi um crime bárbaro, ficando evidenciado, por meio das imagens, o propósito de matar a vítima, uma vez que o investigado inicia subsequentes passagens e repassagens sobre o corpo da vítima, como se fosse algo, que pudesse passar por cima”, disse o delegado. Após ter o mandado de prisão cumprido, Adir foi encaminhado para audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça.