Sábado, 04 de Março de 2023, 14h:15 | Atualizado:
FEMINICÍDIO EM JUSCIMEIRA
Alice Ribeiro Silva tinha 32 anos quando foi morta na última sexta-feira pelo pai de um de seus filhos. Crime ocorreu em Juscimeira
Uma mulher vítima de feminicídio em Juscimeira (162 KM de Cuiabá), na última sexta-feira (3), proibiu o assassino, pai de sua filha, de visitar a criança pois ele queria ficar “trancado no quarto” com a menina.
A informação consta do depoimento de uma das testemunhas do assassinato de Alice Ribeiro Silva, de 32 anos, morta dentro da própria casa por golpes de canivete desferidos pelo pai de sua filha, identificado como Igor Henrique Bernardes Pires, de 26 anos. Ele foi preso em flagrante e confessou o crime.
Em seu relato, a testemunha conta que estava na casa da vítima na última sexta-feira, e presenciou o crime. Ela lembra que Alice dava almoço para os seus filhos – a criança de 3 anos, fruto do relacionamento com o assassino, além de uma menina de 10 anos e um menino de 8 anos, de outros relacionamentos.
Segundo a testemunha, Alice e Igor teriam “ficado” apenas uma vez, acarretando a gravidez, revelando que ambos não tinham um bom relacionamento. Há dois meses, a mãe teria proibido a filha de visitar o pai pois a própria avó da criança, mãe do assassino, relatou à vítima que Igor “queria ficar trancado no quarto” com a menina.
No início da tarde da última sexta-feira, Igor apareceu na residência depois de ter tomado cerveja na rodoviária de Juscimeira. Ele ainda foi convidado para almoçar por Alice, que morava numa casa aos fundos de um imóvel onde também tocava o seu salão de beleza.
A testemunha conta que Igor recusou o almoço, e que foi para outro cômodo da casa, deixando ele e Alice conversarem. Momentos depois ela ouviu um grito de socorro, mas já era tarde – o assassino havia desferido vários golpes de canivete no pescoço da mulher, que morreu no local, na frente dos filhos.
A filha mais velha de Alice saiu da casa pedindo ajuda na rodoviária, e foi auxiliada por outra testemunha do caso. De acordo com os depoimentos, antes de matar a vítima, Igor indagou o motivo dela ter entrado em contato com a sua mãe. Alice respondeu que apenas havia colocado a criança para falar com a avó – explicação que não teria sido aceita pelo assassino, que contou que foi “expulso de casa” em razão da chamada de vídeo.
Ainda de acordo com as testemunhas, Igor repetia que a vítima queria dar um “golpe da barriga” nele, motivo rechaçado por pessoas próximas ao assassino, que disseram que ele não tem “herança nenhuma”. Após o crime, o autor do feminicídio ainda foi visto saindo do imóvel, e “fumar um cigarro”.
Há a suspeita do crime ter sido premeditado, tendo em vista que uma parente da vítima teria revelado nos últimos dias a intenção de Igor de assassinar a mãe de sua filha.
Marcos Justos
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