O pré-candidato à Prefeitura de Cuiabá, deputado federal  Abilio Brunini, por meio da comissão provisória do Partido Liberal, entrou com uma representação na Justiça Eleitoral para proibir que torneio de futebol amador, intitulado "Peladão" leve o nome do pré-candidato do União Brasil, Eduardo Botelho, e impedir o concorrente de fazer campanha eleitoral de forma antecipada. O documento foi protocolado na terça-feira (19). 

Por meio de emenda parlamentar do deputado Wilson Santos (PSD), foi firmado termo de fomento entre a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer e a Federação Mato-grossense de Futebol 7 Society, na ordem de R$ 330 mil para a realização do projeto esportivo. Uma emenda de R$ 150 mil também foi enviada também para a realização do 1º torneio de futsal do bairro Santa Helena.

Contudo, Abílio critica o suposto “custo elevadíssimo” de repasses feitos para fomentar o esporte no município, acusando a medida de favorecer o pré-candidato ao palácio Alencastro. "Durante a realização desse campeonato, que conta sempre com grande público e é realizado em estádios de futebol, o representado tem se utilizado de forma escancarada de ferramentas para massificar seu nome frente a população cuiabana sendo que, a situação fica ainda mais grave, na medida em que, além de se valer do evento público, custeado com dinheiro do erário, faz publicações em suas redes sociais do ato ilegal", argumenta a sigla em documento obtido com absoluta exclusividade pelo FOLHAMAX. 

Na petição feitas pelos advogados do PL municipal, constam publicações de Eduardo Botelho, em suas redes sociais, além da participação de diversos servidores públicos da Assembleia Legislativa, como assessores parlamentares e até secretário de Finanças da Casa das Leis, Elias Santos, no evento. Para Brunini, houve propaganda extemporânea para Botelho durante os campeonatos de futebol.

Segundo o deputado federal, Botelho usa de "palavras sorrateiras" para pedir votos das pessoas presentes nos locais. "Registra-se com merecida ênfase, que o fato fica ainda mais gravoso, quando se verifica que a propaganda extemporânea foi realizada em campeonato de futebol, que teve custo elevadíssimo suportado pelo erário público, o que por si só traz grande preocupação, somando-se ainda ao fato de que diversos servidores públicos estavam a serviço do representado na prática do ilícito", traz trecho da representação. 

Nesse sentido, a legenda pede que durante as duas competições, Eduardo Botelho se abstenha de realizar propaganda eleitoral extemporânea, seja por meio de discursos ou qualquer outro meio – inclusive nas redes sociais - que possa promover seu nome eleitoralmente com vistas ao pleito futuro. Abílio ainda pede que a Justiça Eleitoral determine que o parlamentar que lidera as pesquisas de voto exclua das redes sociais os vídeos sobre os campeonatos.

O caso será analisado pelo juiz da 1ª zona eleitoral de Cuiabá, Jamilson Haddad. "Por esse inventário de razões os atos descritos configuram propaganda eleitoral antecipada, seja porque veiculado em local proscrito, seja porque fez uso promocional na distribuição de bens e serviços, seja porque violou a paridade de armas, seja porque teve pedido de voto por meio das palavras mágicas, estando a merecer a procedência da ação com a consequente condenação em multa acima do mínimo legal em razão da gravidade da conduta, em especial por se utilizar de espaços e eventos custeados com dinheiro público", pede o partido.