A Justiça Eleitoral retirou o sigilo de um processo que apura uma suposta doação ilegal à campanha ao Governo de Pedro Taques, em 2014, no valor de R$ 980 mil, que teriam sido pagos em espécie. Taques venceu o pleito daquele ano com a ajuda do atual governador, Mauro Mendes (DEM), um dos “intermediadores” do suposto pagamento. O montante não teria sido informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indicando a possível ocorrência de “Caixa 2”.

Segundo o processo, o empresário Willians Mischur revelou em depoimento que foi procurado por Valdinei Mauro de Souza, o “Ney”, que atua no ramo da mineração, para auxiliar na campanha do então candidato ao Governo do Estado. Ele também teria participado de uma reunião com Taques, “Ney”, e um dos coordenadores de campanha na época, Mauro Mendes.

Posteriormente, em novo esclarecimento na fase de inquérito, porém, Willians Mischur revelou que Pedro Taques não teria participado da reunião

Em seu depoimento, por outro lado, “Ney” contou que foi procurado por Willians Mischur para se encontrar com Pedro Taques, dizendo que a reunião seria intermediada por Mauro Mendes. Ele afirma, porém, que o valor recebido pelo empresário foi de R$ 500 mil, numa data posterior à eleição de 2014 – já em 2015 -, e que Taques também não teria participado do encontro.

Ao contrário da denúncia, os depoimentos sugerem que não houve pagamento em espécie ao ex-governador Pedro Taques, que não teria participado diretamente das supostas negociações. Ele afirma que os recursos recebidos para utilização em sua campanha foram declarados à Justiça Eleitoral.