Política Domingo, 20 de Abril de 2014, 10h:52 | Atualizado:

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CUSTO EXTRA

Aditivos em obras da Copa em Mato Grosso já chegam a R$ 127 milhões

 

GD

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O governo de Mato Grosso já pagou R$ 126 milhões em aditivos em 17 obras tocadas pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) da matriz de responsabilidade com a Fifa, das trincheiras, e obras já inauguradas como legado da Copa. O valor é calculado com base no sistema Geo-Obras do Tribunal de Contas do Estado (TCE), contudo, o montante pode ser ainda maior, pois a secretaria costuma não atualizar as informações no programa. Algumas informações dos contratos que estão no site da Secopa não batem com os dados enviados ao tribunal.

Só para se ter uma ideia do que representa o montante, com ele seria possível manter por 8 anos a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Morada do Ouro funcionando sem que a Prefeitura de Cuiabá pusesse um real de investimento. Com o dinheiro dos aditivos era possível construir 67 novas UPAs na Capital ou mais de 60 Centros Educacionais de Educação Infantil (Cmei), atendendo mais de 15 mil crianças de 0 a 5 anos, nos moldes da última que foi entregue no bairro Areão, que vai atender 240 crianças.

O local mais dispendioso é a Arena Pantanal. Somente com essa obra, o Estado pagou R$ 95,3 milhões a mais do que o previsto no projeto original. A licitação foi no valor de R$ 342,060 milhões ao consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, contudo, a Santa Bárbara Engenharia deixou as obras da Arena Pantanal ao entrar em processo de recuperação judicial. A Mendes Júnior passou a tocar sozinha a obra e o contrato foi redimensionado e hoje esta estimado em R$ 570 milhões.

Outros problemas surgiram quando fizeram a fundação do estádio e colocaram 1.750 estacas. Descobriu-se água subterrânea, o que elevou os custos ainda mais, bem como na fase da cobertura houve necessidade de encarecer a obra pois a estrutura prevista no projeto não suportaria a velocidade do vento e precisou de um reforço.

A trincheira Jurumirim/Trabalhadores sequer foi inaugurada, mas ficou 18,62% mais cara do que o valor licitado. Só em aditivos da obra foram consumidos mais R$ 7,3 milhões aos R$ 39,345 milhões, que o consórcio Sobelltar-Secopa ofereceu na concorrência pública 007/2011.

O Complexo Tijucal, que um dia após a liberação do viaduto já apresentou problema, já está 21,86% mais caro sem estar inaugurado. Ainda restam concluir a trincheira de 720 metros e a rotatória. O valor de R$ 30,1 milhões saltou para R$ 36,7 milhões. Além dessas obras, ainda houve aditivos nos 2 Centros de Treinamento (COTs), trincheiras, córrego Mané Pinto e avenida 8 de abril, viaduto do Despraiado, duplicação da Juliano Costa Marques, avenida Quidauguro Fonseca, rua dos Eucaliptos, entre outras.

 





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