O ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, contratou o advogado Claudio Demczuk de Alencar para impetrar um habeas corpus por sua liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Demczuk foi figura de uma confusão no começo de 2018, em Brasília, ao ser detido consumindo cocaína dentro do escritório de advocacia que pertence ao ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence, no Lago Sul (assista vídeo ao final).
Segundo reportagens divulgadas pelo Correio Brasiliense e pelo Site Metrópoles, o advogado foi detido no dia 24 de janeiro junto de um professor da rede pública de ensino de Brasília. Ele confessou o uso de cocaína e foi liberado após assinar um termo de comparecimento à Justiça.
Além de Demczuk, o Habeas Corpus de Paulo Taques no STJ foi impetrado pelos advogados Pedro Correa Pertence e Marina Antunes Lima. O procedimento foi distribuído à ministra Maria Thereza de Assis Moura, da Sexta Turma.
O Gazeta Digital entrou em contato com o escritório em que Claudio Demczuk trabalha, mas ele não estava em horário de expediente. A reportagem aguarda contato.
Paulo Taques está preso desde o dia 9 de maio no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) em consequência das Operações Bereré e Bônus, que desmantelaram uma quadrilha que atuava no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).
Segundo os autos, após as operação Bereré e Bônus, processo foi formulado pelo Ministério Público, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco- Criminal) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
Entre os denunciados estão 7 deputados estaduais, um ex-governador e seu chefe de gabinete, um ex-deputado federal, um ex-secretário de Estado e um ex-chefe de autarquia.
Da Assembleia Legislativa, foram denunciados: o presidente do Parlamento Estadual, José Eduardo Botelho (DEM) e os deputados Mauro Luiz Savi (DEM), José Domingos Fraga Filho (PSD), Wilson Pereira dos Santos (PSDB), José Joaquim de Souza Filho (PSDB), Ondanir Bortolini (PSD) e Romoaldo Aloisio Boraczynski Júnior (MDB).
Também figuram como réus o ex-governador Silval da Cunha Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes e o ex-chefe de gabinete do ex-goveranador, Sílvio Cézar Corrêa Araújo
De acordo com o MPE, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas. O esquema girou em torno da contratação da empresa responsável pela execução das atividades de registros junto ao Detran dos contratos de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor.
Na ocasião, para obter êxito na contratação, a empresa se comprometeu a repassar parte dos valores recebidos com os contratos para pagamento de campanhas eleitorais. Estima-se, que foram pagos cerca de R$ 30 milhões em propinas.
Os nomes foram acionados por constituição de organização criminosa, crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. Na denúncia, foram apresentados 37 fatos ocorridos entre os anos de 2009 a 2016.
Seu Juca da Alameda
Terça-Feira, 05 de Junho de 2018, 11h40indignado
Terça-Feira, 05 de Junho de 2018, 11h13