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Responsável pela defesa do ex-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), o advogado Eduardo Mahon levantou a suspeita de que as prisões preventivas expedidas nesta quarta-feira pela juíza Selma Rosane Arruda tenham cunho político.

Além de João Emanuel, a magistrada pediu a prisão preventiva do segurança Amarildo Santos, Marcelo de Almeida Ribeiro, vulgo "Frango; o empresário André Luis Guerra Santos. Destes, apenas João e Amarildo foram localizados pelo Gaeco.

Segundo Mahon, o Ministério Público pode ter se motivado pelo fato do processo movido contra João Emanuel na Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá estar na reta final de investigação. “A tática do Ministério Público é uma tática infeliz. É uma tática de desmoralização pública”, colocou.

Para o advogado, o objetivo dos promotores pode ser para cobrar uma maior celeridade no processo da Comissão de Ética e ainda influenciar a opinião pública a se manifestar pela cassação de mandato do vereador. “Quem julgará são pessoas absolutamente normais e são influenciáveis pela opinião pública”, assinalou.

Mahon reforçou que seu cliente tem prestado todos os esclarecimentos necessários ao Gaeco, Ministério Público Estadual e a própria Câmara de Cuiabá e não havia necessidade das prisões serem decretadas. “São fatos absolutamente requentados. Fico muito triste com o Ministério Público” disse.

O jurista falou que o vídeo em que a empresária do ramo gráfico afirma que João Emanuel é inocente está anexado no processo. O vídeo seria uma resposta ao primeiro material divulgado, quando a empresária gravou o ex-presidente da Câmara ‘ensinando’ a fraudar licitações no poder legislativo.

Por final, o advogado confirmou que deve impetrar com pedido de habeas corpus na tarde de hoje. “Estou esperando tomar conhecimento de todo o processo para ingressar com o pedido”, concluiu.

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