Depois de ser cogitado para assumir a cadeira de ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), hoje ocupada por Neri Geller (PMDB), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado (PSD), é lembrado por produtores rurais para disputar um cargo em chapa majoritária na eleição.
Na última terça-feira (18), por exemplo, durante um encontro dos presidentes dos sindicatos rurais de Mato Grosso, Prado teve apoio declarado de vários representantes presentes.
“Eles querem que eu saia [candidato]. Principalmente o pessoal do agronegócio. É um anseio das pessoas que aconteçam ações voltadas para o setor”, explica o presidente.
Já assumindo o discurso político, Prado sustenta que, pela extensão geográfica de Mato Grosso, são necessários investimentos em logística, não só para beneficiar o escoamento da produção, mas para garantir a segurança nas rodovias. “Estamos em franco desenvolvimento. O governo precisa ser uma instituição fomentadora do progresso”, avalia.
Os planos do presidente da Famato, no entanto, podem esbarrar no fato de o PSD já ter um pré-candidato definido à chapa majoritária. No início do mês passado, a legenda lançou o nome do vice-governador Chico Daltro como uma alternativa para disputar o Palácio Paiaguás.
Prado argumenta concordar com as decisões do partido, mas não esconde o desejo de concorrer no próximo pleito. “Se ele [Daltro] não se candidatar, o PSD vai ter que ver outras opções. A classe está pedindo e tenho disponibilidade. É uma conversa que tem que acontecer, mas todos precisam ser ouvidos”, opina.
VICE-GOVERNADOR
Apesar do cenário incerto dos partidos da base governista sobre quem será o representante do grupo na corrida eleitoral, entidades do setor produtivo entendem que um nome do segmento poderia ter peso no processo.
Nos bastidores, chegou-se a cogitar, inclusive, a possibilidade de Rui Prado ser candidato a vice-governador na chapa do petista Lúdio Cabral, que é pré-candidato ao Executivo estadual.
A necessidade e relevância de um representante do setor do agronegócio na chapa foi identificada pelo próprio petista durante viagens ao interior do Estado.
Do outro lado, na oposição, o senador Pedro Taques (PDT), que também deve disputar o governo em outubro, também já teria demonstrado interesse em ter um candidato a vice ligado ao setor.
O presidente da Famato partilha da opinião e endossa que, qualquer pessoa que se disponha a entrar na política, “tem o dever de expressar os desejos e anseios da população”.