Política Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025, 17h:03 | Atualizado:

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TARIFAÇO

AL critica "medida maluca" de Trump

 

FRED MORAES
GAZETA DIGITAL

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelas ameaças de tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil, como foi amplamente divulgado nesta semana. O ponto de vista negativo também foi compartilhado pelo vice-presidente da Casa, deputado Júlio Campos. Para ambos, a decisão é descabida. Além da taxação, o estadunidense anunciou investigação comercial ao Brasil para apurar "práticas" que prejudiquem empresários norte-americanos.

À imprensa, o deputado afirmou acreditar que a medida sequer será efetivada, diante da balança comercial estadunidense, que possui grande parcela das exportações ao Brasil. Para ele, os anúncios de Trump surgiram "de uma decisão louca", numa tentativa de interferência política sem medir as consequências. 

“Sinceramente, não entendi a cabeça do presidente americano. Eu acho que ele foi muito infeliz, uma decisão louca, digamos assim. Os Estados Unidos vendem para o Brasil muito mais do que compram. A balança comercial é positiva em favor dos Estados Unidos. Tomou uma decisão sem critério técnico nenhum, da cabeça dele”, disse Max, na manhã desta quarta-feira (16).

O presidente do Legislativo ainda defendeu que o Brasil faça um enfrentamento as medidas, mas sem revanchismo, utilizando a diplomacia entre os países e reverta as tratativas do líder americano.

“Agora, nós não podemos baixar a cabeça, os Estados Unidos não pode achar que manda no Brasil, ou, que a gente é uma colônia, longe disso. Pelo contrário, tem que se impor, lógico, através do diálogo, para que não possa ter prejuízo para o nosso trabalhador, não possa ter prejuízo de direção de emprego e de venda dos nossos produtos”, reforçou.

O vice-presidente da Casa, deputado Júlio Campos (União Brasil), endossou as críticas ao governo Trump, citando o protecionismo agressivo, visto como impulsivo e prejudicial para todos os envolvidos. Campos entende que a dificuldade na relação entre o presidente Lula (PT) e o presidente americano por questões ideológicas serviu para um incentivo ao ‘tarifaço’.

“Acho que o Trump age como um governo truculento, no sentido de taxação, não só com o Brasil, mas com todos os países do mundo. Ele começou taxando alguns em até 60%. E aí, como há uma certa dificuldade de relacionamento entre o governo Lula e o seu governo, aproveitou. O presidente Lula até já teve um certo equilíbrio de bom senso em indicar o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é um homem equilibrado, é um homem preparado, experiente, para conduzir essa renegociação com o governo americano”, avaliou.

O deputado enxerga a proposta como deficitária aos dois lados. Enquanto o Brasil perde exportações, empregos e competitividade, os Estados Unidos pagará mais caro por produtos importados e perderá acesso a matérias-primas e alimentos com preços competitivos.

“Todos serão prejudicados. A economia brasileira perde, mas a economia americana também. Porque nós somos mais importadores do que exportador. A balança comercial internacional favorece os Estados Unidos. Os Estados Unidos compram de nós, por exemplo, 41 bilhões, nós compramos 42 bilhões deles. Mas eu acredito que nós vamos chegar a um consenso, se Deus quiser, para o bem da economia do Brasil e também do bolso dos americanos”, finaliza.

Além da tarifa de 50% nas exportações brasileiras, Trump ordenou, na terça-feira (15), que o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR na sigla em inglês) abra uma investigação comercial contra o Brasil. Além da justificativa comercial, a medida também é uma pressão em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

O maior centro de comércio popular no Brasil e na América Latina, a 25 de Março, no Centro de São Paulo, entrou na mira do presidente americano, por conta da venda de produtos falsificados e da falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual.

De acordo com essa legislação, os EUA podem adotar medidas para tentar corrigir práticas comerciais desleais, como a aplicação de tarifas ou sanções contra o país alvo da investigação. Além disso, o documento cita que comércio digital e serviços de pagamento eletrônico como o Pix, tarifas aplicadas aos parceiros comerciais do país, aplicação de medidas anticorrupção, tarifas pela exportação de etanol e o suposto desmatamento ilegal serão intensamente investigadas e se constadas irregularidades haverá sanções a federação. 

Caso seja concretizado, o tarifaço entra em vigor em 1º agosto. 





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Comentários (1)

  • Carlos Nunes

    Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025, 18h03
  • Pois é, resta saber: POR QUE tio TRUMP passou a tarifa de 10%, que havia fixado, pra 50%? O que aconteceu? Será que foi PORQUE tio Lula começou a conspirar contra O DÓLAR? De repente cismou com O DÓLAR? Mexer com o dinheiro dos americanos é perigoso. Ou foi porque, na campanha pra tia KAMALA, tio Lula chamou tio TRUMP de fascista, nazista? Fala bobagem, aí vem as consequências contra o Brasil. Não brinquem com tio TRUMP. Tio TRUMP não é de brincadeira.
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