O Colegiado de Líderes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL) definiu na reunião desta terça-feira (22) que o deputado Emanuel Pinheiro (PR) permanecerá como membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e da Sonegação Fiscal. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, o deputado Guilherme Maluf (PSDB), que afirmou que a citação do nome do parlamentar na Operação Sodoma não é prova suficiente para afastá-lo da Comissão.
De acordo com Maluf, durante a reunião do Colégio de Lideres, Emanuel Pinheiro colocou sua vaga à disposição, e disse ainda, que caso fosse aberta uma eventual investigação tanto pela Comissão de Ética, quanto pela Mesa Diretora ou até mesmo pela CPI, ele não se recusaria a responder. Ainda durante a reunião, Pinheiro respondeu uma série de questionamentos dos parlamentares que inquiriram sobre a suposta reunião mencionada entre o deputado e o empresário delator da Operação, João Batista Rosa.
“O deputado Emanuel Pinheiro se colocou a disposição para que seu caso fosse investigado, e eu levei o fato ao colegiado de lideres, mas o colegiado não achou substância concreta para abrir uma investigação. E o colegiado avalizou a permanência do deputado na CPI, por entender que uma citação apenas no telefone não é o suficiente para abrir um inquérito na Comissão de Ética”, disse Maluf, ao avaliar a posição do deputado Emanuel Pinheiro como ética.
Em entrevista, o presidente da CPI Zé Carlos do Pátio (SD), explicou que a decisão do colegiado vai prevalecer na Comissão, pois neste caso apenas o bloco do Governo, liderada pelo deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), e o próprio colegiado tem a prerrogativa de alterar algum membro da CPI. E independente das alterações, os trabalhos terão continuidade normalmente.
“O colegiado de lideres é maioria neste caso e nós temos que respeitar o colegiado. A gente tem que respeitar a representativa, aqui sou 1/24 avos dos deputados dessa Casa e por isso eu tenho que respeitar a posição do bloco do governo. Eu vou continuar fazendo as investigações, pois é um caminho sem volta”, disse Pátio.