Max reclama de novo atraso no BRT em Cuiabá: "ninguém aguenta mais"

 

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Max Russi (PSB), se disse preocupado com o atraso nas obras do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande. Segundo ele, as obras seguem em ritmo lento e ainda há trechos onde as intervenções nem começaram.

De acordo com o parlamentar, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (06), o prazo da entrega do primeiro trecho das obras na Capital, ou seja, do Bairro CPA até o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, deveria ter sido entregue no dia 31 de julho. “Lamentável. O prazo tem que ser cumprido. Se houver aditivo, que expliquem o motivo. Já são seis dias de atraso e tem trecho que nem começou. O Estado precisa ser mais rigoroso com as empresas, aplicar multas, executar os contratos e tirar do mercado aquelas que não cumprem o que prometem”, criticou.

O presidente da ALMT ainda defendeu mais fiscalização e responsabilidade das empreiteiras, especialmente quando se trata de obras que impactam diretamente a mobilidade urbana. “Poucas coisas atrapalham tanto o dia a dia da cidade como o trânsito. O cidadão rico bate o carro no buraco e não gosta. O cidadão humilde tem que sair mais cedo e chega mais tarde em casa. É qualidade de vida que se perde”, desabafou. 

A situação enfrentada por cuiabanos reaviva a memória de outro grande fiasco no transporte público da região: o VLT. Prometido como uma solução moderna para os problemas de mobilidade urbana, o VLT foi lançado em 2012 com um custo estimado de R$ 1,477 bilhão. O projeto deveria ter sido concluído em dois anos, a tempo da Copa do Mundo de 2014, mas, mais de uma década depois, o modal nunca foi concluído e tampouco entrou em operação. 

Em outubro de 2024 a história do modal teve seu fim. Ao menos em Cuiabá. Os vagões do VLT, que estavam guardados em um terreno próximo ao Aeroporto Marechal Rondon, em VG, foram transferidos para a Bahia. A transferência foi realizada pelo Governo Baiano e pelo Consórcio VLT, conforme acordo intermediado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em julho do ano passado.