A Prefeitura de Várzea Grande suspendeu uma licitação que selecionaria uma construtora para execução de reformas e ampliações de oito escolas municipais de educação básica. A abertura dos envelopes com as empresas vencedoras seria divulgada no dia 9 de setembro de 2015.
Porém, foi suspensa porque a equipe técnica da Prefeitura de Várzea Grande não conseguiu responder em tempo hábil aos questionamentos feitos pela construtora Carneiro e Carvalho. A empresa é alvo de investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pela suspeita de participação em uma fraude de R$ 10 milhões durante a gestão do prefeito cassado Walace Guimarães (PMDB).
Um dos alvos de investigação é a capacidade técnica da empresa alvo na "Operação Camaleão", em novembro do ano passado, que antes de atuar no ramo na engenharia civil funcionava como uma sapataria. Um dos questionamentos é que o contrato firmado entre o Município e a Carneiro e Carvalho, no valor de R$ 10 milhões, foi barrado pelo Tribunal de Contas do Estado.
O bloqueio do repasse aconteceu em setembro de 2014, porém, a empresa já havia recebido R$ 4 milhões para executar os trabalhos de tapa-buracos e pavimentação, que começaram em maio deste ano. Por esse valor de contrato, a empresa teria que realizar serviços de manutenção de obras civis, hidráulicas, de rede elétrica e serviço de manutenção e readequação viária, em obras como drenagens, canteiros, rotatórias e praças.
Durante a operação, o prefeito Walace Guimarães (PMDB) disse que todo processo de licitação para contratação da empresa seguiu trâmites legais. O irmão do ex-prefeito, o médico Josias Guimarães, chegou a ser preso durante a operação.