Rogério Florentino/Olhar Direto
Antes de ter a prisão decretada pela juíza Selma Rosane Arruda, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) teve uma gestão marcada por escândalos de desvio de dinheiro público, o que levou a incrível marca de ter tido oito secretários de Estado presos em operações deflagradas pela Polícia Civil e Polícia Federal. Considerado homem forte da gestão estadual, Eder Moraes exerceu durante o mandato do peemedebista as funções de secretário chefe da Casa Civil, presidente da Agecopa (Agência de Execução de Projetos para a Copa do Mundo) e, por último, titular da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo).
Acusado de liderar um esquema de lavagem de dinheiro e outros crimes contra o sistema financeiro nacional que gerou prejuízo de até R$ 500 milhões, Eder Moraes foi preso pela acusação da Polícia Federal no transcorrer da Operação Ararath de manter um esquema que desviava dinheiro público para abastecer caixa 2 de campanha eleitoral, pagar propina a autoridades, comprar sentença judicial e até comprar uma vaga de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Após permanecer 90 dias preso no Complexo da Papuda, veio a ser solto, porém, preso novamente em abril deste ano pela suspeita de transferir patrimônio a terceiros, mas já está solto novamente aguardando o resultado das ações penais que responde na Justiça Federal.
Considerado o homem que revolucionaria a saúde pública no primeiro ano de mandato, o ex-deputado federal Pedro Henry (PP), secretário de Estado de Saúde no primeiro ano da gestão do peemedebista, foi preso após ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 7 anos e 2 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Em dezembro de 2014, o secretário adjunto de comunicação, Elpidio Spiezzi, foi preso pela Polícia Civil na Operação Edição Extra, por conta da suspeita de participação em uma fraude de licitação para aquisição de material gráfico na ordem de R$ 44 milhões. Na ocasião, também foi preso o secretário adjunto da Secretaria de Administração (SAD), José Nunes Cordeiro.
A situação mais dramática para Silval Barbosa, no entanto, veio com a Operação Ouro de Tolo deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que prendeu sua esposa, a ex-primeira dama Roseli Barbosa, pela suspeita de desviar até R$ 8 milhões dos cofres da Secretaria de Trabalho e Assistência Social).
Também foi preso seu auxiliar direto, o ex-chefe de gabinete Silvio Cézar Correa de Araújo. Agora, com a Operação Sodoma que apura “venda” de incentivos fiscais por meio de pagamento de propina, Pedro Nadaf, ex-secretário de Indústria e Comércio e chefe da Casa Civil, e Marcel de Cursi, ex-secretário de Fazenda, foram presos preventivamente.
Em meio a todos os escândalos de seus assessores diretos, Silval Barbosa também teve a prisão decretada pela Justiça e cumpre prisão preventiva no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Cuiabá, localizado no bairro Verdão.
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Segunda-Feira, 28 de Setembro de 2015, 11h06Hevellyn
Segunda-Feira, 28 de Setembro de 2015, 09h07leo
Segunda-Feira, 28 de Setembro de 2015, 07h32Semmoney
Domingo, 27 de Setembro de 2015, 11h09