Líder do Governo na Câmara de Cuiabá, o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) e o vereador de oposição, Eduardo Magalhães (Republicanos), bateram boca durante a sessão odirnária desta quinta-feira (2) devido à falta de pagamento para as empresas terceirizadas que prestam serviços à prefeitura. O debate escalonou para troca de farpas após Magalhães não ter gostado da forma como Nascimento o chamou de 'pastor'.
Tudo começou quando o oposicionista cobrou, durante seu discurso na tribuna, o pagamento de servidores terceirizados e o líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não gostou. Ele pediu a palavra para responder. "Eu vejo essas falas de alguns colegas como replay. É a mesma fala toda a sessão e a mesma narrativa toda vez. Todos os servidores receberam dentro do mês", afirmou, ao acrescentar que "vejo colegas falarem sem qualquer documento comprovatório, falando de coragem de dignidade, a guerra da oposição. Eu não me sinto indigno por defender um governo que dá certo apesar das falhas. É muito fácil criticar de forma leviana e sem documentação. Acho que o senhor como pastor e como homem de Deus devia respeitar minha fala. É muito dificil escutar tanto ódio pessoal contra o prefeito".
Eduardo Magalhães, por sua vez, pediu questão de ordem para se defender. Ele se sentiu ofendido por ter sido chamado de pastor. "Isso é questão de foro íntimo. Pregue em sua parede vereador um diploma de educação e respeito para conviver com quem pensa diferente do senhor", reagiu o parlamentar.
Posteriormente, outros pedidos de questões de ordens foram feitos, o que irritou o presidente do Parlamento, vereador Chico 2000 (PL) que negou todos. "Se vocês aguardarem eu responder, eu vou responder. Se ficarem insistindo, eu não vou respoder. Não tem questão de ordem!", enfatizou.
Em seguida, Renivaldo subiu na tribuna para reforçar que não falou de forma pejorativa da religiosidade de Magalhães e ainda cobrou respeito do presidente, pedindo para ele agir como manda o regimento do Legislativo Municipal e não como bem quer. Completou ironizando o fato de que a Casa das Leis, em alguns momentos, "parece um circo". "Tem horas que isso aqui parece um circo, eu não vim aqui para isso. Quero dizer para o senhor presidente que o senhor tem que conduzir um Regimento Interno e não a sua vontade. Respeito é bom e eu gosto. E quero dizer que não faltei com o respeito com Eduardo. Ele é pastor e homem de Deus, assim que eu o vejo. A gente perde muitas vezes tempo e não debate assuntos importantes", finalizou Renivaldo.
Suelene
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024, 18h16Wanderley
Quinta-Feira, 02 de Maio de 2024, 17h52Ocaradepau
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