Política Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 14h:23 | Atualizado:

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VOLTA POR CIMA

Após comprovar inocência, juíza é eleita desembargadora no TJ-MT

Escolha da magistrada para a vaga se deu por unanimidade

DIEGO FREDERICI
Da Redação

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Juanita Clait Duarte.jpeg

 

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) elegeu por unanimidade a juíza Juanita Cruz da Silva Clait Duarte como a nova desembargadora do Poder Judiciário Estadual na tarde desta quinta-feira (22). Juanita Cruz da Silva Clait Duarte ocupa a vaga na categoria de “antiguidade” - o juiz mais antigo da Corte -, deixada pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, recentemente aposentada. Preenchidos os requisitos ao cargo, a escolha da magistrada foi apenas uma mera “formalidade”. Ela concorreu com os juízes Sérgio Valério, Abel Balbino Guimarães e Ester Belém Nunes.

A posse da magistrada deve ocorrer na próxima segunda-feira (26) às 10h. “De acordo com a lista de antiguidade, a candidata Juanita Cruz é a mais antiga e inexiste qualquer impedimento quanto a sua remoção”, declarou o presidente do TJMT, o desembargador José Zuquim Nogueira.

No ano de 2022, Juanita obteve o direito de retornar à ativa no Poder Judiciário de Mato Grosso depois de ser aposentada compulsoriamente por ser uma das suspeitas de envolvimento no chamado “Escândalo da Maçonaria”.

De acordo com informações da denúncia, um grupo de magistrados do TJMT agiu para “salvar” a loja maçônica Grande Oriente do Estado de Mato Grosso (GOEMT) de uma dívida de R$ 1,4 milhão, utilizando recursos públicos. As fraudes ocorreram entre 2003 e 2005.

A denúncia revela que a GOEMT teve prejuízos superiores a mais de R$ 1 milhão num convênio firmado com o banco Sicoob. Para fechar o rombo da instituição, magistrados do Poder Judiciário Estadual teriam “viabilizado” pagamentos deles próprios que estavam em atraso para que posteriormente os recursos fossem repassados à maçonaria.

Os juízes foram “condenados” à aposentadoria compulsória no ano de 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas conseguiram reverter as decisões no ano de 2022. Durante o período eles continuaram recebendo do Poder Judiciário de Mato Grosso, sem trabalhar.

O desembargador Marcos Machado, que é oriundo do Ministério Público do Estado (MPMT), lembrou da época em que atuou junto à magistrada na comarca de Rondonópolis (216 Km de Cuiabá) - e também do episódio de afastamento.

Machado revelou em sua fala que a magistrada lhe confessou que pensou em “desistir”, refletindo que ela “certamente chorou muito”. “A Juanita passou por uma situação pessoal, que todos que a conheciam afirmavam ser de uma injustiça terrível, profunda”, comentou o desembargador.

Recentemente, Juanita obteve na justiça o direito de receber R$ 5,8 milhões pelas diferenças salariais nos 12 anos em que ficou afastada de suas funções.





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Comentários (5)

  • AO RELFEXÃO PERFEITO

    Sexta-Feira, 23 de Maio de 2025, 00h05
  • REFLEXÃO Você disse sábias palavras meu amigo. Exatamente isso que acontece, uns querendo lacrar em cima de situações que não aconteceram ou que foi provada a inocência da pessoa. Principalmente no meio Militar!!!
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  • Roberto

    Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 16h14
  • Graças a Deus...esse sergio Valério tem.que aposentar compulsóriamente...processo de inventário ele inventariante vbde bens sen ordem judicial e sem nen avaliar os bens. Nem pergunta aos herdeiros se tem interesse como de direito eles tem direito a compra dos bens do inventário. Ass: Bruno Ferri Calábria..Ulisses rabanada só olhar mu p3ocesso que vai ver o absurdo que ele está fazendo dentro ro processo.
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  • Justiça

    Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 15h41
  • Tomara que ela ao julgar, tenha em mente que as pessoas, assim como ela, pode ser inocente. Sucesso a ela.
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  • crítico

    Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 15h37
  • Essas personalidades nunca perdem !
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  • Reflexão

    Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025, 15h24
  • Dois pesos, uma medida. No Executivo policial acusado, afastado e no final inocentado por falta de justa causa é diferente....No Executivo, mesmo que a polícia civil não índicie, mesmo que o MP peça o arquivamento por falta de justa causa, mesmo que o Juiz concorde com a polícia e o MP e arquiva por falta de justa causa acompanhando o entendimento, no executivo o policial continua punido , por que gestores mal caráter diz: Ah, ele é daquela situação, tem.que ficar esquecido e punido indiretamente...Foi inocentado, MAS a lacração ainda continua a perseguir..buscar punição por lacração e etc..Parabéns a essa desembargadora...Parabéns ao poder judicial...Isso é o sinal de compaixão e solidariedade com quem foi injustamente acusado...Parabéns judiciário...
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