O empresário do agronegócio, Eraí Maggi (PP), não será mais candidato a vice na chapa em que o senador Pedro Taques (PDT) disputará o Governo do Estado neste ano. A definição da recusa do maior produtor individual de soja do mundo de compor a chapa foi tomada na última sexta-feira numa reunião de Erai com a presidente Dilmar Roussef (PT) em Belém (PA) durante a inauguração do terminal portuário da Bunge.

O encontro ainda teve a presença do senador Blairo Maggi (PR), primo do produtor. Na conversa, a presidente fez um apelo para que Eraí e Blairo não apoiem o senador pedetista que tem feito uma oposição ferrenha ao Governo Federal sendo um dos principais responsáveis pela instalação da "CPI da Petrobras" que pode complicar a reeleição dela ao palácio do Planalto.

Eraí atendeu o pedido e neste sábado comunicou Pedro Taques da decisão de não fazer parte da chapa. O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), "testemunhou" a conversa e tentou demover o empresário da ideia que não acatou os argumentos dos oposicionistas para se manter no grupo.

A saída de Eraí da vice de Taques já provocou efeito na base de oposição. Na manhã de hoje, Mauro Mendes e Pedro Taques reuniram os principais aliados para analisar a situação diante da interferência da presidente Dilma Roussef no processo eleitoral do Estado numa articulação para deixar o pedetista isolado politicamente e também em termos de estrutura de campanha.

Também na conversa em Belém na sexta-feira, a presidente voltou a pedir que o senador Blairo Maggi seja candidato a governador. Maggi pediu novamente um tempo para analisar o assunto, mas a tendência é que ele dispute num confronto eleitoral justamente contra Pedro Taques.