O Ministério da Agricultura atendeu a um pedido de Eraí Maggi, dono do Grupo Bom Futuro e eleitor de Lula, e concedeu autorização para a produção comercial de soja durante o período de vazio sanitário no Mato Grosso. A decisão é alvo de uma ação judicial por danos morais coletivos no valor de R$ 635 milhões.
O vazio sanitário é um período em que é proibido cultivar plantas de soja, em qualquer fase de desenvolvimento, para evitar a proliferação de pragas. O vazio sanitário no Mato Grosso valeu entre 15 de junho e 15 de setembro.
Maggi endereçou o pedido ao ministério como presidente da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). A pasta acatou a solicitação da Ampa no dia 16 de agosto e permitiu que o cultivo de soja fosse retomado a partir de 1º de setembro.
O aval foi concedido por Edilene Cambraia Soares, diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas. Diante da decisão do ministério, a Associação de Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja-MT) entrou na Justiça contra a AMPA e o Estado do Mato Grosso.
A Aprosoja-MT disse que a decisão do ministério foi arbitrária e que o desrespeito ao vazio sanitário poderá levar à proliferação de ferrugem asiática nas lavouras mato-grossenses. O Ministério da Agricultura é chefiado por Carlos Fávaro.
A coluna revelou, no início de agosto, que Fávaro destinou dinheiro de emendas para recuperar estradas que atendem diretamente as fazendas de Eraí Maggi em Mato Grosso. A assessoria de imprensa do ministério não retornou o contato da coluna para tratar do aval concedido à Ampa.
O espaço está aberto para manifestações.
Marcos
Segunda-Feira, 18 de Setembro de 2023, 21h42Será que esse vai continuar ministro?
Segunda-Feira, 18 de Setembro de 2023, 16h19Moacir Santoro
Segunda-Feira, 18 de Setembro de 2023, 16h12