A vereadora Michelly Alencar reafirma seu compromisso no combate à violência contra a mulher e na proteção das crianças, por meio da aplicação da Lei nº 7.143/2023 - Maria da Penha vai às escolas, de sua autoria.
A legislação garante que informações sobre os tipos de violência e formas de prevenção cheguem às salas de aula, abordando temas como abuso sexual, prostituição, pedofilia e violência doméstica.
No próximo dia 18 de agosto, às 14h, será realizada uma Audiência Pública na Câmara Municipal de Cuiabá para debater estratégias, linguagem e metodologias que serão aplicadas nas escolas. O evento contará com a participação de autoridades e parceiros, como a Rede Cidadã, a Procuradoria-Geral, a Polícia Civil e o secretário municipal de Educação.
“No passado, infelizmente, não havia apoio para executar a lei, e percorri as escolas no braço, levando informação e conscientização. Agora, com novos parceiros e portas abertas no município, vamos garantir que essa lei seja aplicada de forma efetiva, beneficiando a população”, destacou a vereadora.
A iniciativa busca não apenas conscientizar, mas também criar um caminho sólido para que leis de proteção e prevenção sejam efetivamente cumpridas e transformem realidades.
Cenário Nacional
O Brasil registrou 1.492 feminicídios em 2024, o maior número desde que a lei que tipifica esse crime entrou em vigor, em 2015. O total representa um crescimento de 1% em relação a 2023, quando foram contabilizados 1.477 casos.
Dados de crimes contra as mulheres em Mato Grosso
Mato Grosso registrou, pelo segundo ano consecutivo, a maior taxa proporcional de feminicídios do país em 2024, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Em 2024, 47 mulheres foram assassinadas por motivação de gênero no estado, o que representa uma taxa de 2,5 casos por 100 mil habitantes, a maior do Brasil.
Segundo a Delegacia Especializada da Mulher, até julho de 2025 já foram registrados 32 casos de feminicídio no estado de Mato Grosso.
Feminicídios seguidos de suicídio
Mato Grosso também lidera, ao lado de Santa Catarina e Piauí, o número de feminicídios seguidos de suicídio do autor. Foram oito casos registrados no estado no ano passado.
Perfil das vítimas e local dos crimes
Segundo dados do Observatório Caliandra, do Ministério Público de Mato Grosso, a maioria dos crimes ocorreu dentro das casas das vítimas, foram 24 ocorrências em domicílio. As principais faixas etárias das vítimas estão entre 18 e 24 anos, e entre 35 e 39 anos.
Os feminicídios também deixaram um rastro de consequências familiares: 49 crianças e adolescentes ficaram órfãos em decorrência desses crimes no ano passado.