Bolsonarista propõe nova moção de repúdio contra Lula e AL aprova

 

Os deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovaram na sessão da manhã desta quarta-feira (31) uma moção de repúdio contra a fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante entrevista ao Jornal Nacional, na última semana. Na ocasião, ele teria feito duras críticas ao agronegócio, chamando inclusive uma parte do setor, que apoia o presidente da República Jair Bolsonaro (PL), de fascistas. 

A moção de repúdio foi proposta pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e aprovada pelos parlamentares, tendo uma abstenção, e dois votos contrários, de Lúdio Cabral (PT) e Wilson Santos (PSD). De acordo com o petista, este tipo de proposição na ALMT só gera gasto de dinheiro público, mas aproveitou para alfinetar os bolsonaristas e disse que parte do agronegócio já migrou para o lado do ex-presidente Lula. 

“O bolsonarismo em Mato Grosso está perdido, desorientado e desesperado. Lula irá vencer as eleições aqui no estado e será presidente da República a partir de 1º de janeiro de 2023. Mais uma vez, não tem sentido ter que vir a esta tribuna tratar deste tipo de pauta. É mais uma moção de repúdio que utiliza recurso público, tempo e até papel da ALMT. Até o agronegócio, que eu condeno tanto, já está aderindo à campanha, porque reconhecem que quando ele governou o país, o setor teve um grande impulso econômico. Tem deputado que parece não aprender”, afirmou Lúdio Cabral. 

A parte da qual o petista afirma ter migrado para o lado de Lula é referente ao deputado federal e candidato ao Senado Neri Geller (PP), ex-ministro da Agricultura na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Cassado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o produtor rural também foi lembrado por Cattani em sua fala. 

“Eu nunca vou aprender a ficar calado enquanto um ladrão me chama de fascista. A mim, tirador de leite, e a todos aqueles que produzem alimentos em nosso país, inclusive aqueles que nos chamam disso. Produzimos o algodão da roupa que eles vestem. Não vou aceitar que o agronegócio seja escrachado, enquanto eu estiver respirando aqui dentro da ALMT. Aí vem falar que o setor foi para o lado do Lula. Isso foi alguns ex-ministros, que estavam no Governo do PT, mamando nas tetas e enriquecendo as custas do povo”, afirmou Cattani.