Botelho alerta comerciantes a não caírem em falsas promessas

 

Prevendo que pré-candidatos a prefeito ou a vereador possam usar da tragédia no Shopping Popular, destruído por um incêndio na segunda-feira (15), para tentar se eleger em Cuiabá, o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) e pré-candidato ao Palácio Alencastro, Eduardo Botelho (UB) aconselhou os comerciantes a se atentarem com promessas vazias dos políticos.

O incêndio atingiu o comércio durante a madrugada e o fogo se espalhou em cerca de 30 minutos devido à alta quantidade de materiais inflamáveis no local.  Houve desabamento da estrutura devido à intensidade das chamas. O combate contou com o apoio de quatro caminhões-pipa, duas caminhonetes e um caminhão com escada. O Corpo de Bombeiros segue no local realizando a segurança da região e o rescaldo nesta terça-feira (16).

Vereadores que buscam a reeleição e pré-candidatos a prefeito estiveram no cenário de guerra ainda durante a atuação dos bombeiros. "Eu disse para eles se atentarem no que vai dar resultado porque nesse momento é igual um velório que tá deixando órfão. Todo mundo vai lá e fala 'eu vou cuidar de vocês' e depois somem. O tempo passa e o clamor vai embora", criticou, sem citar nomes, em entrevista ao Jornal da Cultura.

Para o deputado, apenas medidas concretas irão resolver os problemas dos associados.  Ele, inclusive, sugeriu que seja encontrado um local para montar uma estrutura provisória, e uma linha de crédito, sem juros, com prazo de carência, para que os comerciantes possam fazer a compra e repor os estoques. O local já foi definido pelos próprios comerciantes, será o Complexo Dom Aquino, ao lado do empreendimento que pegou fogo.

"O que vai dar resultado é colocar eles para trabalhar, correr atrás de recursos, e eu acho que o Governo tem como colocar esse recurso. Ademais, se tiver como colocar emenda [parlamentar] também podemos, a gente coloca para o Governo e o Governo canaliza isso.  O importante é encontrarmos o resultado", declarou o presidente.

No empreendimento funcionavam lojas de brinquedos, roupas, eletrônicos, perfumaria e uma praça de alimentação repleta de restaurantes. Ao todo 600 comerciantes trabalhavam no local e perderam absolutamente tudo.