O cabo da Polícia Militar, Euclides Torezan, prestou depoimento nesta sexta-feira na ação relativa ao esquema dos grampos ilegais no Estado. Torezan chegou a ser preso durante as investigações, mas foi solto por colaborar com as investigações.
Torezan começou explicando que foi orientado pelo coronel Evandro Lesco a procurar o coronel Zaqueu Barbosa para uma “missão”. Como era formado em Tecnologia da Informação e atuava no setor de escutas do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), le foi o responsável por orientar a sargento Andrea Cardoso e o soldado Clayton Dorileo a utilizar sistema Sentinela.
Ele negou ter acesso as decisões judiciais e aos relatórios das escutas. “Era o responsável pela parte de informática”, disse.
Torezan explicou ainda que criou um grupo no WhatsApp com os policiais que tinham acesso ao Sentinela. Entre os membros do grupo, estavam o cabo Gerson Correa, o sargento Soller e o coronel Ronelson Barros, ex-secretário-adjunto da Casa Militar.
O grupo tinha objetivo de informar sobre as mudanças técnicas no sistema. Após o escândalo vir a tona, Torezan disse que foi procurado por Ronelson Barros para se encontrarem.
O encontro ocorreu no estacionamento da Casa Militar e a orientação foi para procurar o cabo Gerson, que já se encontrava preso, para combinarem depoimento a fim de proteger o grupo. “Para mim, era tudo lícito e eu disse ao coronel Barros que fizeram cagada demais”, desabafou.
Após ver uma reportagem exclusiva do FOLHAMAX com depoimento da sargento Andrea Cardoso em junho do ano passado, Torezan disse que procurou seu advogado decidido a ajudar nas investigações. No dia seguinte, foram a 11ª Vara Criminal para explicar que ele foi o responsável pelo desenvolvimento do programa.
AMEAÇAS
O cabo Torezan explicou que trabalhou com Gerson Correa por nove anos, entre 2006 e 2015 no Gaeco. “Gerson era um dos principais especialistas em escutas telefônicas. Ajudou nas investigações relativas ao Novo Cangaço, era habilidoso e tinha know-how enorme em escutas”, afirmou.
A testemunha, que ficou presa por cerca de uma semana, negou envolvimento com as escutas ilegais. “Fui envolvido como se tivesse algo a ver com isso, mas nem acesso a decisões eu tinha”, relatou.
Ele disse ainda que, numa festa, recebeu ameaça e registrou boletim de ocorrência. Todavia, decidiu não representar criminalmente contra a pessoa que comentou o caso. “Acredito que foi pelo grau de bebida que a pessoa tinha ingerido e pela raiva”, comentou sem citar que o teria ameaçado.
Dornele$
Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 12h41CIDAD?O CUIABANA
Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 09h27boy
Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 05h42Decio Nazario
Sábado, 10 de Fevereiro de 2018, 00h37Investigador
Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 22h35silva
Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 20h47Ferreira
Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 18h56Zemane
Sexta-Feira, 09 de Fevereiro de 2018, 17h33