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O deputado estadual Júlio Campos (UB) comentou sobre a movimentação política envolvendo o líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Dilmar Dal Bosco (UB), que estaria prestes a deixar o União Brasil para se filiar ao PRD. Além disso, alertou que tanto ele como o irmão, senador Jayme Campos (UB) e Eduardo Botelho (UB) precisam ficarem alertas aos arranjos políticos para 2026.
Conforme o cacique, em entrevista à Rádio Cultura FM, nesta sexta-feira (09), essa aproximação de Dilmar com o PRD não é recente e já vem sendo construída há pelo menos dois anos.“Esse namoro do Dilmar Dal Bosco com o PRD não é de agora. Eu estive com ele em São Paulo, há dois anos, conversando com o presidente nacional do PRD, na época avaliando a possibilidade de migrarmos juntos para o partido. Mas isso acabou não se concretizando, porque o governador Mauro Mendes conseguiu levar o PRD para o ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho”, relembrou.
Com a recente fusão entre União Brasil e o PP, que resultou na criação do União Progressista, Dilmar avaliaria que a nova configuração tornaria a disputa interna mais difícil, o que o incentiva a buscar espaço em outra legenda. “Ele acha que no PRD é mais acomodado. Eu acredito que há 99% de chance dele sair para outro partido”, disse Júlio.
O cenário político em Mato Grosso passa por uma intensa movimentação, e o próprio cacique destaca que outras lideranças também estão em processo de reorganização partidária. “O presidente da Assembleia, Max Russi, que é do PSB, está organizando o Podemos no Estado. Ele se sente desconfortável por estar em um partido alinhado ao governo Lula, sendo ele de direita. Está levando alguns deputados com ele para o Podemos”, afirmou.
Segundo o veterano político, o momento é de articulações silenciosas, mas que deverão se intensificar com a proximidade da janela eleitoral. “Dizem a boca pequena que tem dois ou três deputados estaduais que são de outros partidos que também poderiam seguir para o Podemos com o presidente Max, que é um político novo, diferente, que está tendo uma estrutura política muito grande. Tem uma máquina muito grande na mão, que é a presidência da Assembleia. Tem a estrutura para organizar um partido forte em Mato Grosso”, avaliou.
Sobre o futuro no União Brasil, o deputado pondera que ainda é cedo para definições. “Qualquer composição política daqui até março não vale nada. Em março do ano que vem, durante a janela partidária, é que muitas mudanças realmente vão acontecer. Todos nós, eu, o senador Jayme Campos, o deputado Eduardo Botelho precisamos ficar atentos e precavidos”, alertou.
Henrique Dornelas
Sexta-Feira, 09 de Maio de 2025, 13h57