Política Domingo, 04 de Maio de 2014, 08h:43 | Atualizado:

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QUATRO PRESIDENTES

Câmara de Cuiabá teve R$ 13 mi desviados nos últimos anos

 

DC

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Pelo menos R$ 13 milhões foram desviados da Câmara de Cuiabá nos últimos seis anos por meio de fraudes em processos licitatórios. Quatro presidentes que passaram pela mesa diretora neste período foram acusados de “surrupiar” verba do Legislativo utilizando esta prática. 

A pena mais grave até o momento foi a perda de mandado. Dos quatro, dois foram cassados pela própria Câmara sob a acusação de quebra de decoro parlamentar. 

Lutero Ponce foi quem abriu o ciclo de escândalos. Em sua passagem pela presidência da Câmara, entre 2007 e 2008, ele foi acusado de desviar R$ 7,5 milhões dos cofres públicos. Ele teria comprado 24,5 toneladas de açúcar, 572 litros de adoçante, 7.464 litros de leite e 11 toneladas de bolacha. 

Os números exorbitantes foram o que chamaram a atenção do Ministério Público. Uma ação foi proposta, mas até hoje não houve uma resposta por parte da Justiça. O julgamento o ex-parlamentar só teve início no mês passado. 

Na Câmara, no entanto, Lutero foi cassado por 14 votos a quatro. Ele está inelegível até 2020. 

A punição, todavia, não inibiu outras fraudes. Deucimar Silva (PP), que assumiu o comando da mesa diretora em seguida também se tornou alvo de denúncias de superfaturamento, desta vez, na reforma do telhado da Casa de Leis. 

A suposta fraude, avaliada em R$ 1,1 milhão, também teria ocorrido na licitação da obra. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta para investigar o caso, entretanto, não resultou em provas contundentes. A cassação de Deucimar até chegou a ser sugerida, mas ele foi absolvido pelo plenário. 

Assim como no caso do progressista, as supostas irregularidades em licitações praticadas por Júlio Pinheiro (PTB) só vieram à tona na gestão seguinte. O petebista é atualmente investigado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por conta de uma licitação que previa a digitalização dos processos da Câmara, ao custo de R$ 2,6 milhões. 

A suposta fraude de Pinheiro foi descoberta por acaso, no final do ano passado, durante uma investigação do Ministério Público contra outro ex-presidente da Câmara, o ex-vereador João Emanuel (PSD). 

O social-democrata também é acusado desviava recursos do Legislativo por meio de licitações fraudulentas. Conforme a denúncia, o prejuízo é aproximadamente R$ 1,5 milhão. Por conta disso, João Emanuel também foi cassado pelos demais vereadores. 

 





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