A Câmara de Cuiabá aprovou, por unanimidade, o prazo de cinco dias para que a defesa do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) se manifeste em relação a todo o material de acusação que será disponibilizado pela Comissão de Ética. O vídeo que motivou a denúncia contra o parlamentar foi exibido no plenário do legislativo como forma de garantir que o vereador tem conhecimento do material.
Nesta terça-feira, a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro concedeu uma liminar suspendendo os trabalhos da Comissão de Ética. Desta forma, a sessão extraordinária para analisar o relatório da Comissão de Ética, que pede a cassação do social-democrata, não será realizada. A sugestão da “notificação pública” partiu do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Faissal Kalil (PSB).
Faissal tentou notificar o ex-presidente da Câmara em seu gabinete, mas estava fechado. Ele suspeita que o parlamentar está se escondendo das notificações da CCJ e da Comissão de Ética.
“Para não sobrar dúvidas que o João Emanuel não teve acesso o vídeo é exibido em plenário”, destacou. Todavia, nem João Emanuel, nem seus advogados estavam na sede do legislativo durante a exibição do vídeo.
O socialista, porém, acrescentou na tribuna da Câmara, que a Comissão de Ética deve apresentar o vídeo e outras mídias no recurso da decisão da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro. “Por excesso de zelo fica essa sugestão ao procurador da Câmara de Cuiabá que for ingressar com recurso”, completou.