O pedido de cassação do ex-presidente da Câmara de Cuiabá, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), será apreciado pelo plenário do legislativo em sessão extraordinária na próxima terça-feira, dia 15 de abril. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vereador Faissal Kalil (PSB), confirmou que até a tarde de hoje será exaurido parecer sobre o relatório aprovado pela Comissão de Ética.
Nos bastidores é dada como certa a aprovação do parecer, que analisa as questões legais do processo, como o direito a ampla defesa e a obediência dos prazos processuais. O presidente da Comissão de Ética também acredita que o parecer será aprovado, uma vez que os trabalhos foram questionados na Justiça e autorizados a continuar. “Temos a convicção de que cumprimos os prazos legais. O Tribunal de Justiça permitiu a continuidade dos trabalhos e esta é a maior prova da legalidade dos trabalhos da Comissão de Ética”, assinalou.
Questionado sobre a existência de acordo nos bastidores do legislativo para inocentar o ex-presidente da Câmara, Toninho disse não acreditar. “Sou do mesmo partido e não tenho compromisso com João Emanuel. Se existe acordo eu não participo”, declarou.
Na última sessão da Câmara, quando o relatório foi entregue em plenário pela Comissão de Ética, João Emanuel citou a existência de um possível acordo político para livrá-lo da cassação. "Os acordos políticos precisam ser cumpridos", ameaçou.
Presidente da Câmara de Cuiabá, o vereador Júlio Pinheiro (PTB) destacou que a sessão extraordinária começará logo após o encerramento da sessão ordinária e analisará exclusivamente o relatório da Comissão de Ética e parecer da CCJ. Ele colocou que o recurso impetrado pela defesa de João Emanuel na CCJ não afetará a data de votação. "Independente deste recurso já está marcado o prazo final deste caso".
O presidente da Câmara anunciou que a votação será aberta, com os vereadores declarando voto na tribuna da Câmara. "Nessa votação não tem muro. Tem que mostrar a cara e o povo cuiabano vai saber quem e como votou", disparou.
Júlio Pinheiro ainda disse que não acredita que João Emanuel irá renunciar ao mandato para evitar uma possível cassação. "Primeiro porque ele está seguro de si e, segundo porque está alardeando que tem acordos políticos que garantem sua absolvição", frisou.
VEJA MAIS
Comissão argumenta que João manchou a imagem da Câmara
MARIA DO CARMO NUNES
Quinta-Feira, 10 de Abril de 2014, 11h01