A deputada estadual Luciane Bezerra (PSB) afirmou que caberá ao próximo governador de Mato Grosso resolver o impasse a respeito das obras do VLT (Veículo Leve Sobre Trilho). Isso porque a parlamentar acredita que as obras não serão entregues no prazo previsto no contrato firmado pelo governo do Estado com as empreiteiras que compõem o Consórcio VLT-Cuiabá.
Inicialmente, o prazo previsto para entrega era março de 2014, porém, foi prorrogado para dezembro deste ano. No projeto que tem investimento de R$ 1,5 bilhão, está prevista a construção de 22,2 kilômetros e dois trajetos que são CPA-Aeroporto e Coxipó-Centro.
Para justificar sua posição, a parlamentar se baseou em declarações do secretário extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, durante sabatina realizada pela Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (12).
“Foi explicado que a obra do VLT não avançou conforme o esperado porque houve dificuldades em obter licenças ambientais e iniciar a desapropriação dos imóveis nas principais avenidas. Portanto, as empreiteiras podem perfeitamente alegar que por conta de processos administrativos conduzidos pelo Estado, não conseguiu concluir a obra a tempo. E daí, se houver alguma tentativa de punição às empresas, as mesmas irão recorrer ao Judiciário, o impasse se prolongar e essa obra não ser concluída conforme o desejo da população”, afirma.
Para a deputada Luciane Bezerra,não houve planejamento para iniciar a obra do VLT. “Inicialmente, estava previsto uma licitação no procedimento comum da administração pública e custaria R$ 700 milhões. Com o RDC (Regime Diferenciado de Contratação), a obra saltou para R$ 1,4 bilhão e sem agilidade nos trâmites para concluí-la no prazo correto”, disse.
Conforme revelado pelo secretário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, o governo do Estado tem o propósito de entregar a obra do VLT em dezembro de 2014. A operacionalidade por completo do modal de transporte começará em 2015.