A deputada federal Gisela Simona (UB) afirmou, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real, nesta quinta-feira (27), que praticamente não existe mais comunicação entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e com o agronegócio.
Gisela definiu que a relação está "estremecida" e contou que as negociações da FPA com o governo Lula não passam mais pelo intermédio do Ministério da Agricultura.
"Com a FPA, da qual eu faço parte, as relações estão bastante estremecidas e enfraquecidas. Praticamente já não há mais essa relação com o Ministério da Agricultura, ela tem sido direto com a Casa Civil e com o ministro da Fazenda", afirmou.
De acordo com a deputada, Fávaro está alheio às decisões tomadas pelo Poder Executivo.
"[A suspensão do] Plano Safra atingiu muito Mato Grosso, onde sequer o ministro da Agricultura sabia, primeiro, da suspensão do plano, e depois, da medida provisória que iria estabelecer a ordem. Está tudo muito errado. É o ministro do nosso estado, mas a gente vê um total distanciamento das decisões do governo federal. O Haddad acabou sendo o interlocutor seja com a Frente Parlamentar Agropecuária seja com os atores envolvidos", pontuou.
Após a suspensão do Plano Safra, o governo anunciou, na última segunda-feira (24), uma medida provisória para liberar R$ 4 bilhões em crédito extraordinário para assegurar as contratações de crédito do Plano Safra de 2024-2025.
Gisela ainda criticou a falta de diálogo do governo Lula com os ministérios e com o próprio Congresso Nacional.
"A gente vê o governo federal sem comunicação entre os próprios ministros, do que está ocorrendo, e situações que estão acontecendo sem conversar com a base. Em outras situações do país, em momentos como esse, que se teve que tomar medidas fortes, como o próprio Plano Safra, que já foi suspenso em outros governos, conversar com os parlamentares no sentido de expor o problema é algo que sempre aconteceu", completou.
O ministro Carlos Fávaro, na última terça-feira (25), ameaçou deixar o ministério caso o governo adote medidas para taxar exportações do agronegócio.
Fudencio
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