Deputado alerta que Abílio faz política da agressão e vê Mauro maior coringa eleitoral de MT

Brenda Closs

 

O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) disparou duras críticas ao deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Cuiabá Abílio Brunini (PL), quando o considerou “despreparado” e sem “expressão” para a disputa à majoritária na Capital. Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (18), o líder do governo na Assembleia Legislativa declarou ainda que o apoio do governador Mauro Mendes (União) vale mais que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas eleições municipais em Mato Grosso.

“Acho que como sempre, ele está despreparado para qualquer disputa eleitoral, principalmente a majoritária. Ele não nos representa. Então, vejo que a atitude e a maneira que faz política é de agressão, de atacar as pessoas. Traga propostas, fale alguma coisa produtiva, fale alguma coisa que compense ser ouvido. Eu fico chateado com o político que não tem expressão nenhuma”, disse durante a entrega das obras de duplicação da BR-163. Para o deputado, o apoio de Bolsonaro a Abílio não atrapalha em nada o desempenho do também pré-candidato e presidente na ALMT Eduardo Botelho (União) rumo a disputa pelo palácio Alencastro, contra o deputado do PL.

Para Dilmar, em Mato Grosso, o que vale é o apoio do maior cabo eleitoral do estado, Mauro Mendes. Assim, como o próprio Botelho já havia considerado. “Acho que hoje a pessoa mais importante em qualquer eleição municipal chama-se Mauro Mendes. Ele é a peça mais importante. Eu acredito que o Mauro Mendes está muito mais que o próprio ex-presidente da República”, considerou.

BOLSONARO EM MT

O Partido Liberal já enfrenta uma briga interna quanto à disputa pela agenda do ex-presidente Bolsonaro que estará em Cuiabá no próximo dia 8 de abril e visitará demais cidades no interior do estado. Somado à isso, Brunini teria criticado as demais siglas que estão no arco de aliança de Bolsonaro, e que querem participar da programação da visita do ex-presidente, como o União Brasil, sob acusação de oportunismo por parte dos partidos. 

Ao que Dilmar desconsiderou e relembrou que ele, o próprio governador e o União como um todo trabalharam pela reeleição de Bolsonaro no estado, tanto que o resultado foi uma votação expressiva ao candidato em Mato Grosso, que teve 65% dos votos. Apesar do número expressivo, no estado, Bolsonaro foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve a maioria dos votos gerais no país.

“Lá em 2022 todos estávamos no palanque, hoje, muitas vezes parece que alguns só eles podem ser os donos de alguém e a política não é assim. A política é feita de partidos aliados e de várias pessoas que apoiaram”, declarou e ainda completou:

“Até onde eu sei o Bolsonaro fez aliança partidária na eleição e teve outros partidos, então não é só o PL que poderia ser dono dessa questão do Bolsonaro estar em Mato Grosso. Acho que ele teve apoio dos mato-grossenses quase maciço, quase 70% dentro do estado”, finaliza.