O deputado estadual Júlio Campos (UB) reconheceu que há desentendimentos internos no partido quanto à definição da candidatura ao Governo de Mato Grosso em 2026. Segundo ele, caso não haja consenso, o grupo político que integra — incluindo o senador Jayme Campos e ao menos três deputados estaduais — pode deixar a sigla.
A declaração ocorreu em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real, nesta terça-feira (22). “Se a gente sentir que o partido não quer nossa presença numa chapa majoritária, temos a opção de mudar de partido. Não somos obrigados a permanecer se não tiver maioria”, afirmou o parlamentar, acrescentando que há abertura de diálogo com outras legendas, como o PL.
“Em política, tudo é possível. A única coisa que a gente não consegue segurar é a morte”, ironizou. Campos também defendeu a candidatura própria do União Brasil ao Governo do Estado – no caso a de seu irmão Jayme – como estratégia para fortalecer as chapas proporcionais e manter ou ampliar as cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. "A maioria do partido hoje clama por candidatura. Isso nos dá mais garantias de manter as quatro cadeiras na Assembleia e as duas na Câmara. Podemos até crescer", disse.
Sobre o vice-governador Otaviano Pivetta, pré-candidato ao Palácio Paiaguás e apoiado por Mauro Mendes (UB), o deputado foi diplomático, reconhecendo respeito e diálogo, mas cobrou que a base partidária seja ouvida. “Ele tem estrutura e apoio, mas ainda precisa consultar as bases. Não é só o governador que decide”.
"BARÕES DO AGRO"
Ao comentar as articulações em torno da sucessão de Mauro Mendes, Júlio Campos não poupou críticas à postura política de grandes empresários do agronegócio, em especial os primos Eraí e Blairo Maggi – este ex-governador, ex-senador e ex-ministro - que trabalham na esquerda com a indicação de Carlos Fávaro (PSD) como ministro de Lula e também na direita ao se aproximar do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o deputado, o chamado "Grupo do Plágio", como se referiu ironicamente, atua com pragmatismo eleitoral e muda de lado conforme os ventos políticos.
“Hoje Lula, amanhã Bolsonaro, depois de amanhã Tarcísio. Você conhece o grupo como é. Quem vai ganhar, do lado que o vento está tocando, eles estão firmes para ganhar a eleição”, afirmou, referindo-se ao poder econômico e influência dos Maggi no cenário político estadual.
Marcos Cunha
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 20h53Ricardo
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 19h27Lico
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 18h37Julinho bereré
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 16h49Emilio Costa
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 16h47Gustavo
Terça-Feira, 22 de Julho de 2025, 16h15