O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) está otimista diante da formalização da federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o Partido Progressistas para as próximas duas eleições e já traça como meta a eleição de um presidente pelo grupo em 2026. Ele defende que a agremiação fará nascer uma "terceira via", sem ideologia da direita ou esquerda, menosprezando o projeto de reeleição do presidente Lula (PT).

Em entrevista à imprensa, Júlio disse que a federação chega como uma base parlamentar forte pelo alto número de governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores filiados aos dois partidos. Por isso, crê que não será difícil ter destaque na eleição presidencial.
“Em Brasília, foi efetivada realmente a criação da federação entre União Brasil e Partido Progressistas, PP. Ficou um grande partido, uma base parlamentar muito forte, com 109 deputados federais, 14 senadores, 6 governadores de Estado e umas, mil e poucos prefeitos, tantos, centenas de vereadores, consolidou uma terceira via viável para o processo sucessório federal de 2026. Nós iremos lutar para que esse centro democrático, sem radicalismo de direita ou de esquerda, lance uma opção nova para a presidência da República, a fim de dar ao Brasil uma paz, uma tranquilidade necessária para o seu crescimento e desenvolvimento econômico e social”, argumentou.

Para o deputado, a unificação das siglas não trará problema em Mato Grosso, já que ambos partidos caminham juntos desde a década de 1990.

“Mato Grosso não há muita dificuldade, alguns estados terão dificuldade porque há um certo atrito, concorrência entre o velho União Brasil e o velho PP, mas o diretor nacional decidiu que nesses estados, onde tem problema, o nacional vai decidir. Mas aqui, onde não tem problema, como Mato Grosso, porque o PP já é nosso aliado desde outras eleições, não há nenhuma dificuldade de convivência, pelo contrário, é muito fácil”, emenda.

O lançamento oficial da federação ocorreu no salão nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 29 de abril, e contou com a presença de políticos como o governador Mauro Mendes (UB), o senador Jayme Campos (UB), o secretário chefe da Casa Civil Fábio Garcia (UB), a deputada federal Gisela Simona (UB) e o deputado estadual Paulo Araujo (PP).

Em Mato Grosso, o União Brasil possui representantes em 60 prefeituras, enquanto o PP possui 3, sendo elas Arenápolis, Porto Estrela e Nova Marilândia.

Federação
A bancada do União Progressista será a maioria da Câmara, com 109 deputados. A junção do União Brasil com o PP desbancou o PL, com 91 parlamentares, e a federação PT, PCdoB e PV, com 80. No Senado, serão 14 senadores, empatado com PSD e PL. A fusão é vista como estratégia eleitoral visando 2026. 
Este tipo de arranjo une partidos para atuar em conjunto. Em caso de rompimento antes do prazo mínimo, as siglas ficam proibidas de formar uma nova aliança.