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O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) disparou que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso não deve satisfações à Câmara de Cuiabá e que o Legislativo estadual está acima do cuiabano. A fala é em resposta a moção de repúdio aprovada pelos vereadores contra deputados que, em votação secreta, aprovaram a derrubada do veto do governador a manutenção dos mercadinhos nas penitenciárias.
Além das tensões entre a AL e o governo do Estado, nesta semana também intensificaram-se atritos entre a Assembleia e a Câmara devido à moção de repúdio proposta pelo vereador Dilemário Alencar (União Brasil). Júlio Campos criticou a intromissão de uma Casa de Leis na outra e citou que os parlamentares estaduais nunca mencionaram o rótulo de “Casa dos Horrores” ao Legislativo cuiabano, apesar de seus atos e votações.
“Não tem porque a Assembleia dar satisfação da sua atitude para a Câmara Municipal ou para qualquer um. É cumprir o dever constitucional. Seria falta do que fazer, falta de pauta se nós fossemos criticar a Câmara de Cuiabá. Tem um nome que se chama… como é mesmo? Casa dos Horrores. Nunca nenhum deputado estadual teve a coragem de chamar a Câmara assim”, indignou-se.
Júlio considera que a Câmara agiu precipitadamente e que a maioria dos vereadores não concordou com a moção de repúdio proposta por Dilemário. Contudo, a nota foi aprovada com 14 votos a favor, 1 contrário e uma abstenção durante sessão ordinária, na manhã de terça-feira (15). Dos votos a favor, 3 deles foram inclusive de parlamentares do partido de Campos, o União Brasil, sendo eles Michelly Alencar, Cezinha Nascimento, cujo irmão é o deputado estadual Elizeu Nascimento, e o próprio Dilemário, proponente da moção.
Campos argumentou que a votação ocorreu dentro da legalidade do que prevê as normas e é secreta para evitar efeitos de “pressão, chantagem, perseguição, quando descontenta o regime é o titular do Executivo”, como ele mesmo mencionou.
“O que vem de baixo não atinge o poder Legislativo estadual. Nós estamos acima. Nós podemos, sim, ser criticados pelo Congresso Nacional, se a Assembleia tivesse errado em abrir votos, nos termos de desobedecer à norma constitucional”, disse.
Júlio ainda mencionou que a moção de repúdio é resultado do “fanatismo bolsonarista" do legislativo cuiabano. “É o fanatismo da turma do Abilio. Ele vem aqui, faz uma média conosco, pede emenda, pede tudo, depois manda sua bancada mandar voto de repúdio. Nós não estamos preocupados com o voto de repúdio da Câmara Municipal de nenhum município porque a Assembleia está fazendo seu papel”, citou.
Já em relação à fala do governador Mauro Mendes (União Brasil), também do seu partido, de que na AL “tem 13 caboclos que defendem mercadinho para bandido”, o deputado avaliou como infeliz a colocação e que não há “nenhum caboclo na AL”.
“Aqui tem representantes do povo, ninguém chegou aqui indiretamente, todo mundo foi eleito pelo povo, tem respeitabilidade e ele sabe que precisa tratar com mais gentileza, com mais respeito ao poder legislativo. Foi lamentável, eu acredito que ele já arrependeu de ter falado aquela bobagem”, concluiu.
Edson Azevedo Marques
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