Ao contrário de especulações que começaram a circular nos bastidores políticos, de que o deputado federal Neri Geller (PP), teria desistido da ideia de viabilizar sua candidatura ao Senado para buscar um segundo mandato na Câmara dos Deputados, o parlamentar afirma que está firme em seu projeto de disputar a vaga de senador hoje ocupada por Wellington Fagundes (PL). Geller afirma que suas ações e o trabalho que vem desenvolvendo em todo o Estado o qualifica a entrar na disputa do Senado em 2022.

Conforme Geller, sua possível candidatura ao cargo de senador no pleito do próximo ano será com base na força do trabalho que vem realizando enquanto deputado federal. “Posso assegurar que estou cada vez mais animado. As ações nossas são concretas no Estado inteiro. Estou trabalhando com números muito animados, cada vez mais próximo de prefeito, vereadores, da população da Baixada Cuiabana e do Estado inteiro”, pontua o parlamentar.

Ele observa, no entanto, que sua provável candidatura, envolve outras questões como interesses do partido e do grupo político qual faz parte. “É o que falei lá no início. Não sou candidato ao Senado por mim só, é porque o partido definiu. É porque um grupo forte está definindo e obviamente que nós vamos discutir ano que vem como eu sempre falei, se o grupo entender, se o nosso nome estiver consolidado, eu vou ser candidato, não vou escolher adversário, vou respeitar todos os adversários”, diz.

Apesar dos planos para alçar voo da Câmara Federal para o Senado, Neri Geller lembra que existe ainda toda uma conjuntura envolvendo seu grupo político no Estado, no qual estão inseridos o vice-governador Otaviano Pivetta (hoje sem partido) e também o ex-senador Cidinho Santos (PSL). Nesse contexto, é preciso levar em conta o fato de que Pivetta chegou a lançar sua pré-candidatura ao Senado no pleito suplementar de 2020, mas foi demovido da ideia pelo governador Mauro Mendes (DEM), que apoiava a candidatura de Carlos Fávaro (PSD).

Dessa forma, ficou subentendido que Pivetta recuou da disputa suplementar para ser o candidato ao Senado do grupo de Mendes no pleito de 2022. A filiação de Cidinho Santos ao PSL, sigla que agora passou a fazer parte do governo de Mauro Mendes, levanta a possibilidade de que ele poderá ser candidato a vice-governador no ano que vem para Pivetta buscar o Senado.

E nesse cenário, seria inviável o grupo ter dois candidatos: Neri Geller e Otaviano Pivetta, trabalhando candidaturas próprias ao Senado. Por isso, Geller reconhece que existe toda uma conjuntura dentro do grupo político a ser considerada. “Tem lideranças importantes como o vice-governador Otaviano Pivetta, como é que vai ficar a acomodação dele. Reconheço nele o trabalho como prefeito, mesmo eu sendo adversário no município de Lucas do Rio Verde, sempre reconheci o grande trabalho que o Otaviano Pivetta fez. Obviamente que no momento certo a gente vai discutir, nós vamos sentar, vamos ouvir. Não estou impondo uma candidatura, independente de quem possa ser adversário, independente de como isso vai acontecer, ano que vem eu vou falar, se eu sentir que tiver apoio popular e tiver grupo, vou pra disputa e pronto”, comentou Geller.

MINISTRO DE BOLSONARO 

Por fim, o deputado Neri Geller também comentou sobre as especulações que surgiram nos últimos dias, de que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que é do Rio de Janeiro, poderia disputar o Senado por Mato Grosso. Na avaliação de Geller, essa possibilidade está descartada, pois o ministro não tem proximidade e nem militância política no Estado.

Segundo ele, Mato Grosso tem bons nomes para disputar o Senado, não havendo qualquer necessidade de buscar nomes de outros Estados. “Ora, vamos devagar, né! Com todo respeito que tenho pelo Tarcísio até porque estou próximo dele.  Inclusive, teve manifestação já dele com relação à possibilidade de minha candidatura. Então, com todo respeito a ele, nós temos gente aqui no Estado que pode disputar a eleição e talvez eu seja um desses quadros, respeitando novamente o Tarcísio, mas ele não tem militância política que eu tenho aqui em Mato Grosso. Não tem, se ele vir pode ser até ser um nome a ser discutido lá na frente, não vou dizer não, mas acho que é especulação”, disse Neri Geller em entrevista ao Resumo do Dia.