O presidente estadual do PTB, ex-deputado Victório Galli, negou que o pastor Marcos Ritela (PTB) seria o pré-candidato ao Senado da legenda no Estado. A divulgação do seu nome causou frisson dentro da legenda, que já havia divulgado o nome do presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, como candidato da sigla.
Segundo Galli, o acordo para que Galvan seja candidato ao Senado foi feito com a cúpula estadual e nacional do PTB. "Ele [Antônio Galvan] veio para o partido com esse propósito e com respaldo da estadual e nacional", explica Victório Galli em um vídeo divulgado nesta quinta-feira (28).
O presidente estadual do PTB ainda explica que quem trouxe Ritela ao PTB foi Antônio Galvan, que teria lhe oferecido a vaga de 1º suplente em sua chapa.
Marcos Ritela (PTB) foi apresentado como pré-candidato ao Senado logo após a vinda do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Cuiabá durante a 45ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.
O pastor ficou conhecido no Estado com a proposta de mudar o nome do precipício "Portão do Inferno", na rodovia MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, para “Portão da Bênção” ou “Portão da Presença”. Em 2021 ele chegou a gravar um vídeo com o ex-presidenciável Cabo Daciolo, que hoje é filiado ao PDT, e declarou apoio a Ciro Gomes.
Com a ratificação de Victório Galli ao nome de Galvan, o pré-candidato reforça o seu nome no meio bolsonarista para a disputa ao Senado. E o fato gerado desconforto ao senador Wellington Fagundes (PL), já que muitos bolsonaristas têm simpatia a Galvan.
Na visão dos interlocutores de Wellington e do PL, a candidatura de Galvan divide o eleitorado bolsonarista e com isso poderá favorecer o deputado federal Neri Geller (PP), que também é candidato ao Senado.
Antônio Galvan tem focado em demonstrar sua lealdade ao presidente Bolsonaro e enfrentar os grandes produtores de soja do Estado, defendendo o médio e pequeno produtor.