O deputado estadual e presidente do PSDB no Estado, Carlos Avallone, colocou seu nome à disposição para concorrer à Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024. A ordem teria partido do Diretório Nacional, presidido pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que planeja ter candidaturas majoritárias em todas as capitais brasileiras. 

“Estou trabalhando nisso a pedido da nacional, inclusive, dentro da minha família. O natural era que outras lideranças do partido tivessem candidatos. Mas, me comprometi com a nacional de que vamos fazer todo o esforço para termos candidato a prefeito em Cuiabá. A nacional exige isso de todas as capitais, inclusive com a possibilidade do meu nome”, revelou Carlos Avallone na última quarta-feira (27).

Em Mato Grosso, na atual conjuntura, PSDB não tem força política capaz de eleger o próximo prefeito de Cuiabá e dificilmente conseguirá aglutinar outros partidos num projeto próprio levando-se em consideração a derrocada do partido após as eleições de 2018. Naquele pleito, as duas principais lideranças do partido foram derrotadas nas urnas: o então governador Pedro Taques que buscava a reeleição ao Palácio Paiguás, e Nilson Leitão que era deputado federal e tentou ser eleito senador. Ambos amargaram derrotas acachapantes nas urnas e logo na sequência Pedro Taques deixou o ninho tucano.  

De todo modo, uma possível candidatura do legislador ao Palácio Alencastro pode fortalecer a de sua esposa, a ex-vereadora e atual suplente, Maria Avallone. “Sempre, em qualquer partido que tenha palanque do próprio partido, a chapa dos vereadores melhora. Se iria eleger dois parlamentares, com uma candidatura acaba elegendo três ou quatro, isso é natural. Tendo candidatura majoritária ajuda, mas não sei se a candidatura do marido ajuda”, disse Avallone aos risos.

Caso o tucano concretize sua pré-candidatura, se juntará aos demais pré-candidatos: o deputado federal Abílio Brunini (PL), o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União Brasil), o vice-prefeito de Cuiabá José Roberto Stopa (PV), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e a ex-deputada federal professora Rosa Neide (PT).

ASSÉDIOS

Meses atrás, Avallone reclamou à imprensa sobre parlamentares do União Brasil estarem assediando políticos filiados ao PSDB na tentativa de cooptá-los para deixarem o ninho tucano. Contudo, o parlamentar deixou claro que o problema foi sanado.

“Percebo que isso deu uma amenizada. Ninguém me comunicou sobre esse tipo de assédio mais. Eu fico feliz porque faço parte da base, o PSDB apoiou a candidatura do governador Mauro Mendes (União Brasil) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e não acho justo ocorrer isso”, pontuou.

Segundo ele, a situação interfere no pleito de 2024 porque gera “desconfiança devido as intromissões dentro do partido”. “Sempre atrapalha porque cada vez que você começa a perder a confiança por causa de intromissões dentro do seu partido", opinou.