O fórum que reuniu governadores da região Centro Oeste, nesta sexta-feira, também teve momentos de assédio político ao governador Pedro Taques (PDT). Praticamente todos os governadores presentes fizeram convites para que o mato-grossense se filiasse as suas respectivas siglas.
O primeiro a convidar Taques foi o representante do Distrito Federal, Rodrigo Rellemberg (PSB). Ele destacou a expressão que Taques obteve no Senado Federal nos últimos quatro anos e também o início de seu mandato a frente do Governo do Estado.
"Nós, do PSB, formalizamos esse convite porque entendemos que o Pedro reúne todas as qualidades dos políticos de uma nova geração que estão construindo uma nova forma de fazer política e que valoriza a política e os políticos”, disse o governador do Distrito Federal.
Rollembrg disse ainda que Taques terá espaço de destaque na direção nacional da legenda.
Para não ficar atrás, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), chamou Taques para ingressar no “ninho tucano”. Ele aproveitou que o deputado Wilson Santos (PSDB) havia dito da plateia que aguarda Taques no PSDB para formalizar o convite ao governador. "Nós, do PSB, formalizamos esse convite porque entendemos que o Pedro reúne todas as qualidades dos políticos de uma nova geração que estão construindo uma nova forma de fazer política e que valoriza a política e os políticos”, disse o governador do Distrito Federal.
Já o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), não deixou por menos e convidou Taques a ingressar na sigla. Ele citou também que o representante de Rondônia, Confúcio Moura, e o ministro Mangabeira Unger, também presentes no encontro, são dos quadros do PMDB.
Taques, que não comentava sobre seu futuro partido publicamente, se viu obrigado a tocar no assunto após a sequência de convites de filiação. Ele adiantou que a decisão deve ser tomada já na próxima semana. “Há um ditado que diz que quem escolhe muito acaba sendo escolhido. É uma honra receber convites desta ordem. Esta semana eu decido meu destino político”, frisou.
Insatisfeito no PDT desde que se desentendeu com o presidente do partido em Mato Grosso, deputado estadual Zeca Viana (PDT), por conta da eleição da Mesa Diretora da Assembleia, o governador tem avaliado o melhor cenário para ingressar num novo partido. Atualmente, o PSB e o PSDB são os favoritos por conta da postura oposicionista a gestão da presidente Dilma Roussef (PT).
Nos bastidores, é dada como certa a filiação do governador ao PSB. O motivo é que a legenda possui um “vácuo” de lideranças expressivas em nível nacional desde a morte do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, em agosto no ano passado. Muitos acreditam que o governador de Mato Grosso possa ocupar este espaço.