Em meio a lágrimas, presidente da associação cobra apoio

 

Reunião emergencial no Palácio Alencastro para debater e planejar as medidas que serão adotadas para minimizar o prejuízo das famílias e trabalhadores do Shopping Popular de Cuiabá foi marcada por clima de emoção e união de diversos setores políticos em prol da reconstrução do auxílio local às pessoas afetadas. O centro comercial foi destruído por incêndio na madrugada desta segunda-feira (15).

O presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, Misael Galvão, se emocionou durante o discurso na reunião. Ele narrou que foi acordado às 3h com o celular tocando e informou que o shopping estava pegando fogo. Quando se deslocou até o local, viu as chamadas fora de controle.

“Eu tenho buscado forças a todo momento e apoio do poder público como estão fazendo hoje, toda classe política esteve lá. Estou buscando forças para poder reconstruir, recomendar e cuidar dos pais de família que ali trabalham. São 600 pais de família que trabalham para sair da ilegalidade e contribuem com nosso país. Nunca na vida pensei em passar por isso, não estava preparado para isso”, disse em meio às lágrimas.

Misael observou que neste momento precisará do apoio da sociedade, do governo municipal, estadual, federal, Ministério Público, Legislativo e Judiciário. Dentre os presentes na reunião estavam o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, o deputado estadual Wilson Santos, o deputado estadual Lúdio Cabral, o deputado federal Abilio Brunini, a deputada federal Coronel Fernanda, o secretário da Sedec César Miranda, o presidente da Desenvolve MT Mayran Beckman, e outros representantes de instituições.

Pinheiro destacou que o momento é uma demonstração de democracia que une opositores e adversários da classe política no Palácio Alencastro para que todos discutam a situação. Ele espera que neste “momento dramático” se possa construir uma ponte entre o Palácio Alencastro e o Palácio Paiaguás.

“No dia 15 de julho de 2024, um dia que não vai terminar tão cedo, vai ficar marcado. Todos vão lembrar onde estavam quando o Shopping Popular estava em chamadas. Cada um terá essa memória, esse sentimento, um fato histórico que marcou nossa Capital”, disse.

Lúdio apontou que foram arrecadados R$ 50 milhões para os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul e também será possível destinar recursos do Estado aos comerciantes, bem como solicitar na ALMT um pacote de medidas em apoio aos lojistas e trabalhadores. Além disso, espera-se que a associação a um estudo defina o tamanho do prejuízo para que o Estado disponibilize os valores.

“O mais emergencial, na minha opinião, por parte do Estado, além de mobilizar o terreno para eles atuarem, é garantir crédito emergencial rápido para que possam adquirir produtos. Porque muitos não terão nem o que comercializar nas condições certas”, apontou.

Cabral também acrescentou que o ministro Carlos Fávaro e o deputado federal Emanuelzinho estão dialogando com o governo federal para pedir ajuda.